Aos arrependidos Deus concede o caminho de regresso, e conforta aqueles que perderam a esperança, e lhes dá a alegria da verdade. 21Volta ao Senhor e deixa os teus pecados, 22suplica em sua presença e diminui as tuas ofensas. 23Volta ao Altíssimo, desvia-te da injustiça e detesta firmemente a iniquidade. 24Conhece a justiça e os juízos de Deus e permanece constante no estado em que ele te colocou, e na oração ao Deus altíssimo. 25Anda na companhia do povo santo, com aqueles, que vivem e proclamam a glória de Deus. 26Não te demores no erro dos ímpios, louva a Deus antes da morte; o morto, como quem não existe, já não louva. 27Louva a Deus enquanto vives; glorifica-o enquanto tens vida e saúde. louva a Deus e glorifica-o nas suas misericórdias. 28Quão grande é a misericórdia do Senhor, e o seu perdão para com todos aqueles que a ele se convertem!
Feliz o homem que foi perdoado * e cuja falta já foi encoberta! 2Feliz o homem a quem o Senhor † não olha mais como sendo culpado, * e em cuja alma não há falsidade! 5Eu confessei, afinal, meu pecado, * e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” * E perdoastes, Senhor, minha falta. 6Todo fiel pode, assim, invocar-vos, * durante o tempo da angústia e aflição, porque, ainda que irrompam as águas, * não poderão atingi-lo jamais. 7Sois para mim proteção e refúgio; * na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo * da salvação que me vem só de vós.
Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza.
Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” 20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos faz um forte e insistente apelo de conversão. Deste modo, voltando-nos decididamente para Cristo, o Senhor e Salvador, teríamos, assim, disposição para rompermos com o pecado e com o apego aos bens materiais, para empreendermos um caminho penitencial de salvação. “Pois, grande é a misericórdia do Senhor, e o seu perdão para com todos aqueles que a ele se convertem” (Eclo 17, 28)!
O Discurso que Salomão fez nesta passagem do Livro do Eclesiástico para nos exortar ao arrependimento de nossos pecados, e, assim, buscar com novo ânimo a nossa conversão e salvação, é simplesmente encantador! As palavras que ele usou para nos convencer ao arrependimento eram muito convincentes. Parece que era o próprio Deus falando! Com toda delicadeza e com toda firmeza, como um pai exorta o filho a repensar nas suas atitudes insensatas, para retornar ao bom caminho. Aí, então, disse o sábio profeta: “Aos arrependidos Deus concede o caminho de regresso, e conforta aqueles que perderam a esperança, e lhes dá a alegria da verdade. Volta ao Senhor e deixa os teus pecados, suplica em sua presença e diminui as tuas ofensas. Volta ao Altíssimo, desvia-te da injustiça e detesta firmemente a iniquidade. Quão grande é a misericórdia do Senhor, e o seu perdão para com todos aqueles que a ele se convertem” (Eclo 17, 20-23; 28)!
Portanto, caros irmãos, o pecador arrependido, indo ao encontro do Senhor suplicando a sua misericórdia, não ficará decepcionado! Muito ao contrário, o Senhor misericordioso lhe dará prontamente o seu perdão, purificando-o de todos os seus pecados. Ai, então, ele poderá cantar ao Senhor, louvando-o e bendizendo-o com a seguinte oração: “Feliz o homem que foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade! Eu confessei, afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: “Eu irei confessar meu pecado!” E perdoastes, Senhor, minha falta. Todo fiel pode, assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição” (Sl 31, 1-2;5-6). E, uma vez tendo feito esta oração, o fiel penitente que foi justificado, deu o seguinte testemunho, dizendo: “Todo fiel pode, assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição. Sois para mim, ó Senhor, proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a minha alma no gozo da salvação que me vem só de vós” (Sl 31, 6-7).
No Evangelho que ouvimos, foi-nos dito que um jovem rico se aproximou de Jesus, ajoelhou-se diante dele, e fez-lhe a seguinte pergunta: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna” (Mc 10, 17)? Jesus, imediatamente lhe respondeu, dizendo: “Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude” (Mc 10, 19-20). Ou seja, conforme as palavras de Jesus, para se alcançar a salvação eterna bastaria evitar de cometer qualquer pecado grave, observando os Dez Mandamentos.
Porém, Jesus sabendo que este fiel judeu era rico, fez-lhe uma proposta desafiadora, dizendo-lhe: “Jesus olhou para ele com amor, e disse: ‘Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me'” (Mc 10, 21)! Esta renúncia dos bens tinha dupla finalidade: evitar as inúmeras ocasiões de pecado que as riquezas provocam; e estimulá-lo à esperança da salvação e da vida eterna. Além disto, Jesus prometia-lhe um tesouro eterno nos céus, em troca do tesouro perecível de suas riquezas. Pois, “o nosso Senhor Jesus Cristo, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante a sua pobreza” (2Cor 8, 9).
Entretanto, o jovem rico, desapontado e triste, preferiu deixar tudo, inclusive a sua salvação, em favor de seus bens materiais. Diante desta atitude decepcionante, Jesus declarou: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” Os apóstolos ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível” (Mc 10, 23; 25-27).
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