Palavra dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: 2“Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”. 3Fui à casa do oleiro, e eis que ele estava trabalhando ao torno; 4quando o vaso que moldava com barro se avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer com esse material um outro vaso, conforme melhor lhe parecesse aos olhos. 5Fez-se em mim a palavra do Senhor: 6“Acaso não posso fazer convosco como este oleiro, casa de Israel? diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel”.
Bendize, minh’alma, ao Senhor! † 2Bendirei ao Senhor toda a vida, * cantarei ao meu Deus sem cessar! 3Não ponhais vossa fé nos que mandam, * não há homem que possa salvar. 4Ao faltar-lhe o respiro ele volta † para a terra de onde saiu; * nesse dia seus planos perecem. 5É feliz todo homem que busca † seu auxílio no Deus de Jacó, * e que põe no Senhor a esperança. 6O Senhor fez o céu e a terra, * fez o mar e o que neles existe.
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47“O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E ai, haverá choro e ranger de dentes. 51Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra que acabamos de ouvir ilumina a nossa fé, fazendo-nos compreender que Deus é o nosso Senhor e Salvador, e que nós estamos inteiramente sujeitos à sua vontade e ao seu poder. Assim como ele nos criou da forma como nós somos, ele pode nos destruir e condenar aos infernos, se nos corrompermos no pecado; bem como ele pode nos regenerar e salvar ao seu Reino dos céus, se nos convertermos e praticarmos o bem. Por isso, em assuntos que dizem respeito à vida eterna, depois da morte, nós somos inteiramente dependentes das disposições da vontade de Deus.
Era, portanto, a certo modo, esta a mensagem que o Senhor quis transmitir ao profeta Jeremias, quando lhe propôs a alegoria do oleiro. Depois que o próprio Jeremias assistiu o oleiro confeccionando o vaso, ele recebeu do Senhor a explicação do significado espiritual da alegoria, dizendo-lhe: “Acaso não posso fazer convosco como este oleiro, casa de Israel? diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel” (Jr 18, 6).
Poderíamos acrescentar ainda, de que o Senhor tinha em seu poder a força de sustentar o homem justo e bom para sempre, junto de si. Pois ele preserva e salva todo aquele que deposita nele a sua vida e a sua confiança, conforme disse o profeta: “Bendize, minh’alma, ao Senhor! Bendirei ao Senhor toda a vida, e cantarei ao meu Deus sem cessar! Pois, é feliz todo homem que busca seu auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a esperança” (Sl 145, 1-2; 5). Porém, ao mesmo tempo, o Senhor tem o poder de rejeitar e destruir todos os malvados e perversos, que depositam a sua confiança nas coisas deste mundo e no poder dos homens, conforme as palavras do profeta, que disse: “Não ponhais vossa fé nos que mandam, não há homem que possa salvar. Ao faltar-lhe o respiro ele volta para a terra de onde saiu; nesse dia seus planos perecem” (Sl 145, 3-4).
Jesus Cristo, no Evangelho que ouvimos, nos regalou com uma magnífica parábola, que nos explicou com toda clareza a respeito do Juízo Final e sobre o nosso destino depois da morte. Naquela hora derradeira de nossas vidas, todos nós estaremos de pé diante do Senhor Jesus Cristo, o Justo Juiz, inteiramente dependentes de sua vontade e do seu juízo; que será, com certeza, pleno de justiça, de verdade e de misericórdia. Pois, neste momento supremo de nossas vidas será definido o nosso destino eterno; no qual, ou seremos conduzidos ao Reino dos céus ou seremos lançados à condenação eterna, do fogo dos infernos!
Para explicar tais coisas, Jesus se serviu da seguinte parábola, dizendo: “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam” (Mt 13, 47-48). E logo a seguir ele apresentou o sentido espiritual da parábola, dizendo: “Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos, e lançarão os maus na fornalha de fogo. E ai, haverá choro e ranger de dentes. Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”” (Mt 13, 49-51).
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