Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. 2“Honra teu pai e tua mãe” – é o primeiro mandamento – que vem acompanhado de uma promessa: 3“a fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra”. 4Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para educá-los, recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor. 5Escravos, obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração sincero, como a Cristo, 6não para servir como quem busca agradar aos homens, mas como escravos de Cristo, que se apressam em fazer a vontade de Deus. 7Servi de boa vontade, como se estivésseis servindo ao Senhor, e não a homens. 8Vós o sabeis: o bem que cada um tiver feito, seja ele escravo ou livre, ele tornará a recebê-lo do Senhor. 9E vós, senhores, fazei o mesmo para com os escravos. Deixai de lado a ameaça; vós sabeis que o Senhor deles e vosso está nos céus e diante dele não há acepção de pessoas.
Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, * e os vossos santos com louvores vos bendigam! 11Narrem a glória e o esplendor do vosso reino * e saibam proclamar vosso poder! 12Para espalhar vossos prodígios entre os homens * e o fulgor de vosso reino esplendoroso. 13O vosso reino é um reino para sempre, * vosso poder, de geração em geração O Senhor é amor fiel em sua palavra, * é santidade em toda obra que ele faz. 14Ele sustenta todo aquele que vacila * e levanta todo aquele que tombou.
Naquele tempo, 22Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. 26Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos ensina qual deve ser o nosso procedimento para que sejamos merecedores da salvação de Cristo e sermos, assim, acolhidos por ele no seu Reino Eterno!
É muito interessante, caros irmãos, que em todos os lugares onde Jesus ia anunciando o Evangelho da Salvação as pessoas começavam a se preocupar com a sua própria salvação, e ficavam curiosas, por que queriam saber mais sobre esta salvação que Jesus andava pregando. Numa destas viagens missionárias, “alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: “Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça” (Lc 13, 22-27)!
Deste modo, com a resposta que Jesus deu àquela pessoa ele nos revelou vários mistérios de nossa salvação. Primeiro de tudo, ele disse que era necessário esforçar-se para entrar pela porta estreita. Ou melhor, fazer todo esforço possível para entrar pela porta estreita, pois muitos tentarão entrar por ela sem fazer nenhum esforço. Portanto, é necessário que nesta vida nos esforcemos nas práticas da justiça e das boas obras, para que sejamos merecedores de entrar naquela porta estreita da salvação. A segunda questão que Jesus respondeu foi que, de fato, são poucos os que conseguem passar pela porta estreita. E a terceira questão foi a seguinte: Naquela porta estreita estará postado de pé o Justo Juíz, que será o próprio Jesus Cristo, que haverá de decidir quem estará apto a entrar pela porta da salvação e quem deverá ser deixado do lado de fora, como disse Jesus: “Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça” (Lc 13, 25-27)!
No final, Jesus alertou a todos os judeus que estavam ali presente, dizendo-lhes o quão grande era o perigo de eles ficarem do lado de fora; e os advertia sobre os terríveis castigos e tormentos que haveriam de sofrer naquele lugar, dizendo: “Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus” (Lc 13, 28-29).
São Paulo nos deu algumas orientações muito importantes para que sejamos aptos a obtermos a salvação e de sermos admitidos, por Jesus Cristo, a entrarmos naquela porta estreita. Ele exortava a todos para que cumprissem os mandamentos e fizessem a vontade de Deus, dizendo: “Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós. Escravos, obedecei aos vossos senhores deste mundo com respeito e tremor, de coração sincero, como a Cristo, como aqueles que se apressam em fazer a vontade de Deus” (Ef 6, 1; 4-6).
E por fim, o salmista louvava a Deus e o glorificava em sua oração, como se já estivesse na glória do Reino, dizendo: “Que os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder! O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração! O Senhor é amor fiel em sua palavra, é santidade em toda obra que ele faz” (Sl 144, 10-11; 13-14).
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