Irmãos, 1Melquisedec, rei de Salém, sacerdote de Deus Altíssimo. saiu ao encontro de Abraão, quando esse regressava do combate contra os reis, e o abençoou. 2Foi a ele que Abraão entregou o dízimo de tudo. E o seu nome significa, em primeiro lugar, “Rei de Justiça”; e, depois: “Rei de Salém”, o que quer dizer, ‘Rei da Paz’. 3Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem início de dias, nem fim de vida! É assim que ele se assemelha ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre. 15Isto se torna ainda mais evidente, quando surge um outro sacerdote, semelhante a Melquisedec, 16não em virtude de uma prescrição de ordem carnal, mas segunda a força de uma vida imperecível. 17Pois diz o testemunho: “Tu és sacerdote para sempre na ordem de Melquisedec”.
Palavra do Senhor ao meu Senhor:* “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus* como escabelo por debaixo de teus pés!” 2O Senhor estenderá desde Sião † vosso cetro de poder, pois Ele diz:* “Domina com vigor teus inimigos; 3tu és príncipe desde o dia em que nasceste; † na glória e esplendor da santidade,* como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” 4Jurou o Senhor e manterá sua palavra: † “Tu és sacerdote eternamente,*
segundo a ordem do rei Melquisedec!”
Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão.” Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje segue as palavras de Jesus Cristo que nos foi dito que tanto o sábado quanto toda a Lei foram instituídos por Deus para o bem do homem, para que ele viva na justiça, na virtude e na santidade. Enfim, para que ele faça o bem e evite o mal. Por isso, a Lei é louvável e irrepreensível por ser a guardiã das boas obras e da justiça. Quanto ao sábado, Jesus não o aboliu mas o transferiu para o Domingo, dizendo que ele é um dia excelente para praticar a caridade!
Por isso Jesus disse, num tom meio provocativo: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27); ou ainda, quando ele perguntou: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer (Mc 3, 4)?” Ao Jesus dizer as coisas deste modo, com certeza ele estava reprovando duramente aqueles que se utilizavam da Lei e dos mandamentos divinos, como um pretexto para cometer injustiças, oprimir as pessoas de forma injusta e desonesta, e exigir delas o cumprimento legal dos preceitos, de uma forma rigorista e cruel; tornando-se “duros de coração” (Mc 3, 5).
Jesus dizendo que a caridade e o amor devem estar acima da lei, ele quis dizer que a Lei e os preceitos divinos deviam estar a serviço do homem, para preservar a sua dignidade e o seu bem. E que fosse, sobretudo, preservado o espírito da Lei, que é o amor e a prática do bem. Ele também não jogava o amor contra a Lei; e muito menos, ele deixava subentender que se deva abandonar a Lei para poder amar de verdade. Ele não quis estabelecer uma oposição entre a Lei e o amor, ou provocar uma oposição entre os preceitos divinos e a dignidade humana.
Esta atitude tão intransigente e obstinada diante da Lei fazia com que os fariseus e mestres da Lei dessem mais valor à prática do preceito legal do que à prática da caridade. E este este rigorismo cego os levou a odiar Jesus Cristo por desaprová-los nesta péssima opinião. Por isso, “ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo” (Mc 3, 6).
A respeito do sacerdócio de Cristo, o Apóstolo Paulo ensinava que ele era semelhante ao sacerdócio de Melquisedec. “Pois, Melquisedec significa “Rei de Justiça”; e, depois: “Rei de Salém”, o que quer dizer, ‘Rei da Paz’. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem início de dias, nem fim de vida! É assim que ele se assemelha ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre. Isto se torna ainda mais evidente, quando surge um outro sacerdote, semelhante a Melquisedec, não em virtude de uma prescrição de ordem carnal, mas segunda a força de uma vida imperecível. Pois diz o testemunho: “Tu és sacerdote para sempre na ordem de Melquisedec” (Hb 7, 2-3; 14-17).
E Jesus Cristo podia tomar tais atitudes em relação ao sábado e em relação à Lei de Deus pois ele foi estabelecido como Rei Soberano sobre toda a terra e Sumo Sacerdote Eterno, conforme as palavras do profeta: “O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos; tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec” (Sl 109, 2-4)!
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