Todo sumo sacerdote é tirado do meio dos homens e instituído em favor dos homens nas coisas que se referem a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. 2Sabe ter compaixão dos que estão na ignorância e no erro, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. 3Por isso, deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo, quanto pelos seus próprios. 4Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão. 5Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”. 6Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec”. 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. 10De fato, ele foi por Deus proclamado sumo sacerdote na ordem de Melquisedec.
Palavra do Senhor ao meu Senhor: * “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus * como escabelo por debaixo de teus pés!” 2O Senhor estenderá desde Sião † vosso cetro de poder, pois Ele diz: * “Domina com vigor teus inimigos; 3tu és príncipe desde o dia em que nasceste; † na glória e esplendor da santidade, * como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei!” 4Jurou o Senhor e manterá sua palavra: † “Tu és sacerdote eternamente, *
segundo a ordem do rei Melquisedec!”
Naquele tempo, 18os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: “Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?” 19Jesus respondeu: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles;
aí, então, eles vão jejuar. 21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos’.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos fala sobre a grande afinidade que existe entre a religião judaica e a religião cristã. Pois ela diz que o mesmo Deus que instituiu a religião judaica também foi aquele que instituiu a religião cristã. Pois, o Deus, único e verdadeiro, o Criador do céu e da terra, instituiu por primeiro a religião judaica e depois, em lugar desta, ele estabeleceu a religião cristã.
Deus, através de Moisés, criou a religião judaica, com todas as suas normas, crenças, ensinamentos, ritos, sacrifícios, ministérios e funções sacerdotais. Esta antiga religião judaica, com a vinda de Jesus, se tornou obsoleta, impraticável e arcaica aos cristãos discípulos de Jesus Cristo. Pois, Jesus Cristo, por vontade divina, renovou o judaísmo e introduziu nela certas novidades tão diversas, tão sublimes e perfeitas que não se adaptavam e nem se harmonizavam com as antigas tradições da religião judaica. A nova religião veio com a marca de Cristo, que inaugurou um novo sacerdócio, no qual ele vinha estabelecido como o Sumo e Eterno Sacerdote, conforme as palavras do Apóstolo: “Ninguém deve atribuir-se esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão. Deste modo, também Cristo não se atribuiu a si mesmo a honra de ser sumo sacerdote, mas foi aquele que lhe disse: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei”. Como diz em outra passagem: “Tu és sacerdote para sempre, na ordem de Melquisedec”. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem” (Hb 5, 4-6 8-9).
As novidades religiosas que Jesus Cristo introduziu, foram imediatamente rechaçadas pelos chefes e sacerdotes judeus; fazendo com que os detentores do velho judaísmo repelissem de forma violenta Jesus Cristo e as novidades introduzidas por ele, no seu Evangelho. O novo e moderno cristianismo não se adaptava mais com o velho judaísmo, pois provocava divergências e rupturas irreconciliáveis, como Jesus já havia dito: “Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos'” (Mc 2, 21-22).
Portanto, o próprio Jesus já advertira os apóstolos, dizendo que o judaísmo e o cristianismo seriam irreconciliáveis. Assim, o antigo judaísmo mosaico do Antigo Povo de Deus, seguiu o seu caminho; e o novo cristianismo de Jesus Cristo seguiu o seu, tornando-se a religião do Novo Povo de Deus, congregado na sua Igreja, e que se estendeu em todo o orbe terrestre!
Jesus Cristo veio para instaurar um novo sacerdócio, no qual ele seria investido por Deus com a honra de um Sumo Sacerdócio eterno, como disse o profeta: “Jurou o Senhor e manterá sua palavra: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem do rei Melquisedec” (Sl 109, 4)!
E, sobretudo caros irmãos, Jesus Cristo foi investido por Deus com um poder régio e eterno para governar com soberania e força sobre o seu povo e para dominar e destruir todos os seus inimigos, conforme as palavras do Espírito Santo, que disse: “Palavra do Senhor ao meu Senhor: “Assenta-te ao lado meu direito até que eu ponha os inimigos teus como escabelo por debaixo de teus pés!” O Senhor estenderá desde Sião vosso cetro de poder, pois Ele diz: “Domina com vigor teus inimigos; tu és príncipe desde o dia em que nasceste; na glória e esplendor da santidade, como o orvalho, antes da aurora, eu te gerei” (Sl 109, 1-3)!
WhatsApp us