Assim diz o Senhor: 1“Quando Israel era criança, eu já o amava, e desde o Egito chamei meu filho. 3Ensinei Efraim a dar os primeiros passos, tomei-o em meus braços, mas eles não reconheceram que eu cuidava deles. 4Eu os atraía com laços de humanidade, com laços de amor; era para eles como quem leva uma criança ao colo, e rebaixava-me a dar- lhes de comer. 8Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão. 9Não darei largas à minha ira, não voltarei a destruir Efraim, eu sou Deus, e não homem; o santo no meio de vós, e não me servirei do terror”.
Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; * o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. 3Com alegria bebereis no manancial da salvação. * 4E direis naquele dia: “Dai louvores ao Senhor, invocai seu santo nome, anunciai suas maravilhas, * entre os povos proclamai que seu nome é o mais sublime. 5Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios e portentos, * publicai em toda a terra suas grandes maravilhas! 6Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, * porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!”
Irmãos: 8Eu, que sou o último de todos os santos, recebi esta graça de anunciar aos pagãos a insondável riqueza de Cristo 9e de mostrar a todos como Deus realiza o mistério desde sempre escondido nele, o criador do universo. 10Assim, doravante, as autoridades e poderes nos céus conhecem, graças à Igreja, a multiforme sabedoria de Deus, 11de acordo com o desígnio eterno que ele executou em Jesus Cristo, nosso Senhor. 12Em Cristo nós temos, pela fé nele, a liberdade de nos aproximarmos de Deus com toda a confiança. 14É por isso que dobro os joelhos diante do Pai, 15de quem toda e qualquer família recebe seu nome, no céu e sobre a terra. 16Que ele vos conceda, segundo a riqueza da sua glória, serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto ao homem interior; 17que ele faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor. 18Tereis assim a capacidade de compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, 19e de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, a fim de que sejais cumulados até receber toda a plenitude de Deus.
Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. 35Aquele que viu, dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. 36Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. 37E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”.
Jesus, manso e humilde de Coração! Fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Hoje, caros irmãos, celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus! Esta é uma das devoções mais antigas e mais difundidas na Igreja Católica. Ela foi criada na Igreja pelo próprio Jesus Cristo, quando apareceu a uma jovem monja de um mosteiro cisterciense na Alemanha, chamada Santa Gertudes de Helfta, no século XII. Mais tarde, no século XVII ele voltou a aparecer à Santa Margarida Maria, do Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, na França. Nestas aparições Jesus mostrou-se visível em seu Coração transpassado pela lança, coroado de espinhos e com um crucifixo no alto. Esta era a imagem do Sagrado Coração de Jesus revelada pelo próprio Jesus Cristo, para ser adorado, amado e venerado num verdadeiro culto espiritual, por todos os fiéis cristãos.
Na imagem do Sagrado Coração de Jesus, apresentada pelo próprio Jesus em suas aparições, ele se mostrava em seu Corpo Ressuscitado e Glorioso, mas revelava o seu Coração com todos os traços de sua Paixão e Crucificação. Por isso, toda a devoção ao Sagrado Coração de Jesus sempre esteve voltada, sobretudo, à contemplação deste Coração humano e divino de Jesus, que sofreu e morreu pela nossa redenção e salvação. Como disse o Profeta: “Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada temo; o Senhor é minha força, meu louvor e salvação. Com alegria bebereis no manancial da salvação” (Sl 12, 2-3).
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus, ao trazer o Coração de Jesus transpassado da paixão, num corpo ressuscitado e glorioso, quis nos revelar que a humanidade do Cristo continuava, por todos os tempos, em espírito e no seu interior, vivendo a sua paixão da Cruz, derramando sobre nós o seu sangue redentor, que brotava continuamente de seu coração transpassado… Assim sendo, nós todos, os devotos do Sagrado Coração de Jesus, nos coloquemos ao lado de João e de Maria Santíssima no Gólgota, e voltemos a contemplar o Crucificado, conforme o testemunho de João, que disse: “Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. Aquele que viu, dá testemunho, e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram” (Jo 19, 33-37).
E, contemplando imagem do Sagrado Coração de Jesus – que traz o Coração transpassado na Cruz, num Corpo que revela o Cristo Ressuscitado -, nós poderemos, a certo modo, ouvir de sua boca as palavras do profeta Oseias, que nos revelou os segredos do seu coração, dizendo: “Quando Israel era criança, eu já o amava, e desde o Egito chamei meu filho. Eu os atraía com laços de humanidade, com laços de amor; era para eles como quem leva uma criança ao colo, e rebaixava-me a dar-lhes de comer. Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão” (Os 11, 1; 4; 8).
São Paulo, na sua carta aos Efésios, nos revelou também inúmero segredos do Coração de Jesus. Ele nos convidou a contemplar em espírito este Sagrado Coração de Jesus, para descobrir nele os mais ternos e profundo sentimento e pensamentos escondidos no seu Coração humano e divino, dizendo: “Em Cristo nós temos, pela fé nele, a liberdade de nos aproximarmos de Deus com toda a confiança. Que ele vos conceda, segundo a riqueza da sua glória, serdes robustecidos, por seu Espírito, quanto ao homem interior; que ele faça habitar, pela fé, Cristo em vossos corações, que estejais enraizados e fundados no amor. Tereis assim a capacidade de compreender, com todos os santos, qual a largura, o comprimento, a altura, a profundidade, e de conhecer o amor de Cristo, que ultrapassa todo conhecimento, a fim de que sejais cumulados até receber toda a plenitude de Deus” (Ef 3, 12; 16-19).
WhatsApp us