Naqueles dias, 3Moisés veio e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os decretos. O povo respondeu em coro: “Faremos tudo o que o Senhor nos disse”. 4Então Moisés escreveu todas as palavras do Senhor. Levantando-se na manhã seguinte, ergueu ao pé da montanha um altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel. 5Em seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor. 6Moisés tomou metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o altar. 7Tomou depois o livro da aliança e o leu em voz alta ao povo, que respondeu: “Faremos tudo o que o Senhor disse e lhe obedeceremos”. 8Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu o povo, dizendo: “Este é o sangue da aliança, que o Senhor fez convosco, segundo todas estas palavras”.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus* por tudo aquilo que ele fez em meu favor? 13Elevo o cálice da minha salvação,* invocando o nome santo do Senhor. 15É sentida por demais pelo Senhor* a morte de seus santos, seus amigos. 16Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † que nasceu de vossa serva;* mas me quebrastes os grilhões da escravidão! 17Por isso oferto um sacrifício de louvor,* invocando o nome santo do Senhor. 18Vou cumprir minhas promessas ao Senhor * na presença de seu povo reunido.
Irmãos: 11Cristo veio como sumo-sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, 12e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. 13De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, 14quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha. 15Por isso, ele é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna.
Terra, exulta de alegria, louva teu pastor e guia com teus hinos, tua voz!
Tanto possas, tanto ouses, em louvá-lo não repouses: sempre excede o teu louvor!
Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar!
Este pão, que o mundo o creia! Por Jesus, na santa ceia, foi entregue aos que escolheu.
Nosso júbilo cantemos, nosso amor manifestemos, pois transborda o coração!
Quão solene a festa, o dia, que da santa Eucaristia nos recorda a instituição!
Novo Rei e nova mesa, nova Páscoa e realeza, foi-se a Páscoa dos judeus.
Era sombra o antigo povo, o que é velho cede ao novo: foge a noite, chega a luz.
O que o Cristo fez na ceia, manda à Igreja que o rodeia repeti-lo até voltar.
Seu preceito conhecemos: pão e vinho consagremos para nossa salvação.
Eis o pão que os anjos comem transformado em pão do homem; só os filhos o consomem: não será lançado aos cães!
Em sinais prefigurado, por Abraão foi imolado, no cordeiro aos pais foi dado, no deserto foi maná.
Bom pastor, pão de verdade, piedade, ó Jesus, piedade,
conservai-nos na unidade, extingui nossa orfandade, transportai-nos para o Pai!
Aos mortais dando comida, dais também o pão da vida;
que a família assim nutrida seja um dia reunida aos convivas lá do céu!
No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?’ 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí fareis os preparativos para nós!” 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa. 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus”. 26Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.
Caríssimos irmãos e irmãs, graças e louvores sejam dados ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia! Hoje celebramos a festa do Santíssimo Sacramento do Altar, o Corpo e Sangue de Cristo, nosso Senhor! Vinde, todos, adoremos!
A Liturgia da Palavra de hoje não nos exorta apenas a rendermos um culto eucarístico ao Corpo e Sangue de Cristo, mas ela nos propõe a participarmos do sacrifício do Corpo e Sangue de Cristo que se realiza sobre o Altar da santa Missa. E as leituras que ouvimos tem o propósito de nos explicar este mistério mais sublime e excelso que nós temos em nossa Igreja Católica. Por isso, o culto de adoração ao Corpo e Sangue de Cristo, nesta celebração de hoje só faz sentido se participarmos do sacrifício da santa Missa.
A origem deste rito sagrando se encontra naquela celebração pascal instituída por Moisés, no Livro do Êxodo, para selar publicamente a Aliança entre Deus e o Povo de Israel. “Por isso, naquele tempo, Deus mandou que Moisés erguesse ao pé da montanha um altar e doze marcos de pedra pelas doze tribos de Israel Em seguida, mandou alguns jovens israelitas oferecer holocaustos e imolar novilhos como sacrifícios pacíficos ao Senhor. Moisés tomou metade do sangue e o pôs em vasilhas, e derramou a outra metade sobre o altar. Moisés, então, com o sangue separado, aspergiu o povo, dizendo: ‘Este é o sangue da aliança, que o Senhor fez convosco, segundo todas estas palavras'” (Ex 4-6; 8). Portanto, este rito consistia no sacrifício de animais e na aspersão do seu sangue sobre o altar e sobre as pessoas, acompanhados das palavras da Aliança.
Na verdade, este sacrifício da Antiga Aliança era apenas uma imagem simbólica daquele futuro sacrifício que Jesus Cristo haveria de realizar na sua Paixão e Morte na Cruz. Esta era a verdadeira Páscoa do Senhor e este seria o verdadeiro sacrifício no qual o filho de Deus seria sacrificado, derramando o seu sangue para a redenção da humanidade, purificando-a de seus pecados. Como nos explicou São Paulo, na Carta aos Hebreus, dizendo: “Irmãos: Cristo veio como sumo-sacerdote dos bens futuros. Através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é obra de mãos humanas, isto é, que não faz parte desta criação, e não com o sangue de bodes e bezerros, mas com o seu próprio sangue, ele entrou no Santuário uma vez por todas, obtendo uma redenção eterna. De fato, se o sangue de bodes e touros, e a cinza de novilhas espalhada sobre os seres impuros os santifica e realiza a pureza ritual dos corpos, quanto mais o Sangue de Cristo, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo, pois, em virtude do espírito eterno, Cristo se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mancha” (Hb 9, 11-14).
Desta forma, caros irmãos, Jesus Cristo querendo deixar para sua Igreja uma celebração memorial e sacramental do sacrifício de sua Paixão e Morte na Cruz, instituiu o sacrifício da Nova Aliança, sobre o Altar do Cenáculo. Ali Jesus ofereceu o pão e o vinho – transformados em seu Corpo e o seu Sangue – a Deus e aos Apóstolos, para a redenção e salvação dos homens, da seguinte forma: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes e todos beberam dele. Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. Em verdade vos digo, até o dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus” (Mc 14, 21-25).
Por isso, irmãos, contemplando o pão e o vinho, transubstanciado em Corpo e Sangue de Cristo sobre o altar, louvemos e adoremos o Senhor, dizendo: “Hoje a Igreja te convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar! Este pão, que o mundo o creia! Por Jesus, na santa ceia, foi entregue aos que escolheu. Nosso júbilo cantemos, nosso amor manifestemos, pois transborda o coração! Quão solene a festa, o dia, que da santa Eucaristia nos recorda a instituição! Novo Rei e nova mesa, nova Páscoa e realeza, foi-se a Páscoa dos judeus” (Sequência da Missa).
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