Irmãos, 24alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja. 25A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de vos transmitir a palavra de Deus em sua plenitude: 26o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos. 27A estes Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério: a presença de Cristo em vós, a esperança da glória. 28Nós o anunciamos, admoestando a todos e ensinando a todos, com toda sabedoria, para a todos tornar perfeitos em sua união com Cristo. 29Para isso eu me esforço com todo o empenho, sustentado pela sua força que em mim opera. 2,1Quero pois que saibais que luta difícil sustento por vós, pelos fiéis de Laodiceia e por tantos outros, que não me conhecem pessoalmente, 2para que sejam consolados e se mantenham unidos na caridade, para que eles cheguem a entender profunda e plenamente o mistério de Deus Pai e de Cristo Jesus, 3no qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência.
A minha glória e salvação estão em Deus. 6Só em Deus a minha alma tem repouso, * porque dele é que me vem a salvação! 7Só ele é meu rochedo e salvação, * a fortaleza, onde encontro segurança! 9Povo todo, esperai sempre no Senhor, † e abri diante dele o coração: * nosso Deus é um refúgio para nós!
Minhas ovelhas escutam minha voz, e eu as conheço e elas me seguem.
Aconteceu num dia de sábado 6que Jesus entrou na sinagoga, e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. 7Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para verem se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. 8Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio”. Ele se levantou, e ficou de pé. 9Disse-lhes Jesus: “Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” 10Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem assim o fez e sua mão ficou curada. 11Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus.
O Senhor Jesus Cristo é nossa glória e salvação!
Caríssimos irmãos e irmãs, em Cristo nosso Salvador! A Liturgia da Palavra de hoje nos mostra o quão difícil era transmitir às pessoas os mistérios de Deus e pregar o Evangelho de Cristo, o nosso Senhor e Salvador. Mesmo que a mensagem de Cristo e dos apóstolos fosse muito atraente, repleta de unção espiritual e de ricas promessas divinas, ela sempre encontrou oposições e hostilidades das autoridades religiosas e civis constituídas.
Deste modo, caros irmãos, Jesus, que se apresentava aos judeus em sua humanidade, ensinando-lhes a acreditar na sua condição divina, em si, não encontrou neles nenhuma oposição, a não ser da parte dos invejosos fariseus e dos mestres da Lei, que odiavam os justos e odiavam Jesus Cristo, por ser um homem santo e justo. Porém, quando Jesus se pôs a ensina-los, revelando-se a si mesmo em sua condição divina, de Filho de Deus, estes mesmos invejosos fariseus e mestres da lei, cegos no seu fanatismo, se tornam estúpidos e furiosos contra a pessoa de Jesus e contra as suas palavras. Pois, “aí, na Sinagoga, havia um homem cuja mão direita era seca. Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para verem se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo” (Lc 6, 6-7).
O ódio e os desvarios fizeram destes fariseus e mestres da lei – que se apresentavam como os defensores de Deus e das leis divinas – como os maiores inimigos de nosso Senhor e Salvador, tornando-se, assim, os perseguidores mortais de Jesus Cristo! Por isso, enfrentando as hostilidades dos fariseus, “Jesus disse ao homem da mão seca: ‘Levanta-te, e fica aqui no meio’. Ele se levantou, e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: ‘Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?’ Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: ‘Estende a tua mão’. O homem assim o fez e sua mão ficou curada” (Lc 6, 8-10).
No entanto, apesar desta absurda oposição, Jesus não deixou de anunciar-lhes os mistério de sua divindade, realizando o milagre da cura. Pois, ele sabia muito bem quais eram as suas ovelhas que dariam crédito às suas palavras, sem deixar-se impressionar com as hostilidades dos seus inimigos, como ele dizia: “Minhas ovelhas escutam minha voz, e eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10, 27).
São Paulo, o apóstolo dos gentios, disse que ele, da mesma forma como Jesus, sofreu muito e passou por inúmeras tribulações e maus tratos, para anunciar os mistério de Cristo entre os pagãos. Aos cristãos de Colossos ele confidenciou, dizendo: “Irmãos, alegro-me de tudo o que já sofri por vós e procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo, em solidariedade com o seu corpo, isto é, a Igreja. A ela eu sirvo, exercendo o cargo que Deus me confiou de vos transmitir a palavra de Deus em sua plenitude: o mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos. A estes Deus quis manifestar como é rico e glorioso entre as nações este mistério: a presença de Cristo em vós, a esperança da glória. E, assim, todos cheguem a entender profunda e plenamente o mistério de Deus Pai e de Cristo Jesus, no qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl. 1, 24-27; 2, 2-3).
E, enfim, caros irmãos, eu lhes digo que todos aqueles que aderirem a esta fé anunciada por Jesus e pelos apóstolos, e abraçarem a Jesus Cristo como o seu Senhor e o seu Salvador, poderão estar certos de que estariam realizando a melhor obra de suas vidas. Confiando, assim, na mão do Senhor estariam depositando em Deus as suas vidas e a sua salvação. Todos estes poderiam dizer, junto com o profeta: “A minha glória e salvação estão em Deus. Só em Deus a minha alma tem repouso, porque dele é que me vem a salvação! Só ele é meu rochedo e salvação, a fortaleza, onde encontro segurança” (Sl 61, 5-7)!
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