Naqueles dias, 15os anjos insistiram com Ló, dizendo: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”. 16Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas — pois o Senhor tivera compaixão dele —, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade. 17Uma vez fora, disseram: “Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás, nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer”. 18Ló respondeu: “Não, meu Senhor, eu te peço! 19O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade, salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha, antes que a calamidade me atinja e eu morra. 20Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é pequena, mas aí salvarei a minha vida”. E ele lhe disse: “Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. 22Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade”. Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor. 23O sol estava nascendo, quando Ló entrou em Segor. 24O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra. 25Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. 26Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. 27Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor. 28Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. 29Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades onde Ló havia morado.
Provai-me, ó Senhor, e examinai-me, * sondai meu coração e o meu íntimo! 3Pois tenho sempre vosso amor ante meus olhos; * vossa verdade escolhi por meu caminho. 9Não junteis a minha alma à dos malvados, * nem minha vida à dos homens sanguinários; 10eles têm as suas mãos cheias de crime; * sua direita está repleta de suborno. 11Eu, porém, vou caminhando na inocência; * libertai-me, ó Senhor, tende piedade! 12Está firme o meu pé na estrada certa; * ao Senhor eu bendirei nas assembleias.
Naquele tempo, 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, dormia. 25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” 26Jesus respondeu: “Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?” Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam: “Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo nosso Senhor! Existem vários recados de máxima importância que Jesus quis deixar aos apóstolos, na passagem do Evangelho que acabamos de ouvir. Dentre as quais, a primeira mensagem seria a seguinte: Jesus quis mostrar aos apóstolos que ele continuava vigilante na sua condição divina, mesmo que o seu corpo humano estivesse distraído ou dormindo. Por isso, Jesus reagiu indignado com os apóstolos, por terem feito todo aquele alvoroço, ao ficarem apavorados diante do mar agitado, devido à tempestade, dizendo: “‘Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé” (Mt 8, 26).
A outra mensagem seria a seguinte: Com esta repreensão, Jesus quis incutir nos apóstolos a plena confiança e a fé em Cristo Senhor e Salvador! Pois ele não abandona os seus discípulos, sobretudo quando estiverem passando pelas piores tempestades da vida. A terceira mensagem seria: Para provar que ele é Deus – Senhor e Salvador -, e que continuava sendo Deus enquanto dormia, Jesus, então, realizou o milagre de intervir nas forças da natureza, reprimindo a tempestade, e acalmando as forças do vento e das ondas. Eis que, então, “Jesus se levantando no meio da barca, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. Os homens ficaram admirados e diziam: ‘Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem” (Mt 8, 26-27)?
A leitura do livro do Gênesis nos remete àquela passagem na qual Deus castigou as cidades de Sodoma e Gomorra. Elas foram destruídas por causa de sua iniquidade. Como Ló fora encontrado por Deus como o único justo, “os anjos insistiram com Ló, dizendo: ‘Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade’. Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas – pois o Senhor tivera compaixão dele -, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade” (Gn 19, 15-16).
O Castigo de Sodoma e Gomorra deveria servir de exemplo para toda a humanidade dos tempos futuros, de que Deus não deixa sem castigo aqueles que estão obstinados na iniquidade. E se Deus não os castiga neste mundo, destruindo-os com fogo e enxofre – do modo como aconteceu com Sodoma e Gomorra -, na outra vida serão, seguramente, castigados e lançados no fogo e nos tormentos eternos dos infernos! E, ao ter salvado Ló e suas filhas, Deus mostrou que ele salva e tem compaixão daqueles que são justos e se afastam do convívio dos malvados.
Por isso, o autor sagrado conclui dizendo: “Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor. Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades onde Ló havia morado” (Gn 19, 28-29).
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