Assim fala o Senhor: 4“Eles constituíram reis sem minha vontade; constituíram príncipes sem meu conhecimento; sua prata e seu ouro serviram para fazer ídolos e para sua perdição. 5Teu bezerro, ó Samaria, foi jogado ao chão; minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando ficarão sem purificar-se? 6Esse bezerro provém de Israel; um artesão fabricou-o, isso não é um deus; será feito em pedaços, esse bezerro de Samaria. 7Semeiam ventos, colherão tempestades; se não há espiga, o grão não dará farinha; e, mesmo que dê, estranhos a comerão. 11Efraim ergueu muitos altares em expiação do pecado, mas seus altares resultaram-lhe em pecado. 12Eu lhes deixei, por escrito, grande número de preceitos, mas estes foram considerados coisa que não lhes toca. 13Gostam de oferecer sacrifícios, imolam carnes e comem; mas o Senhor não os recebe. Antes, o Senhor lembra seus pecados e castiga suas culpas: eles deverão voltar para o Egito”.
É nos céus que está o nosso Deus, * ele faz tudo aquilo que quer. 4São os deuses pagãos ouro e prata, * todos eles são obras humanas. Têm boca e não podem falar, * têm olhos e não podem ver; 6têm nariz e não podem cheirar, * tendo ouvidos, não podem ouvir. 7Têm mãos e não podem pegar, * têm pés e não podem andar. 8Como eles serão seus autores, * que os fabricam e neles confiam. 9Confia, Israel, no Senhor. * Ele é teu auxílio e escudo! 10Confia, Aarão, no Senhor. * Ele é teu auxílio e escudo!
Naquele tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
Caríssimos irmãos e irmãs! As leituras da Liturgia da Palavra de hoje continuam no mesmo tema que vem sendo apresentado a alguns dias. Hoje, elas denunciam de forma muito incisiva os pecados do Povo de Israel, tanto nos tempos antigos, quanto nos tempos mais recentes, quando Jesus Cristo estava no meio dele. Deus se apresentava, tanto nos tempos antigos quanto nos tempos de Jesus, como o Bom Pastor que pretendia reconduzir as suas ovelhas ao caminho da vida e da salvação!
São muito impactantes as palavras do profeta Oséias dirigidas ao Povo de Israel, denunciando os seus pecados e as suas iniquidades. Utilizando-se de uma linguagem direta e sem rodeios, o profeta desmascarava as maldades cometidas, sobretudo dos chefes do povo, exortando-os a conversão, por meio de denúncias e ameaças. Porém, nada disto surtia efeito. Deus não conseguia despertar neles nenhuma reação positiva de conversão. Muito ao contrário, parecia que a rebeldia e a obstinação no mal era tamanha, que não havia nenhuma disposição de abandonar aquela conduta de vida, que os levaria à própria destruição e à morte.
Por isso, o profeta insistia, com muita paciência, dizendo: “Eles constituíram reis sem minha vontade; sua prata e seu ouro serviram para fazer ídolos e para sua perdição. Teu bezerro, ó Samaria, foi jogado ao chão; minha cólera inflamou-se contra eles. Até quando ficarão sem purificar-se? Semeiam ventos, colherão tempestades. Efraim ergueu muitos altares em expiação do pecado, mas seus altares resultaram-lhe em pecado. Eu lhes deixei, por escrito, grande número de preceitos, mas estes foram considerados coisa que não lhes toca” (Os 8, 4-5; 7; 11-12). Apesar de todos os clamores divino na esperança de que Israel se convertesse, ele acabava se obstinando na sua rebeldia e na sua miserável idolatria.
Apesar de tudo, mesmo depois de infligir sobre Israel o seu castigo, Deus continuava pacientemente enviando profetas para exortar o povo, dizendo: “É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas. Têm boca e não podem falar, têm olhos e não podem ver. Como eles serão seus autores, que os fabricam e neles confiam. Confia, Israel, no Senhor. Ele é teu auxílio e escudo! Confia, Aarão, no Senhor. Ele é teu auxílio e escudo” (Sl 113B, 3-4; 8-10)!
Finalmente, quando o Jesus Cristo, o Messias e Salvador, veio para visitar o Povo de Israel e para anunciar-lhe um Evangelho de conversão e salvação, ele acabou encontrando aquele povo numa situação extremamente infeliz e desoladora, digna de compaixão! Por isso, cheio de solicitude por todos eles, “Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade” (Mt 9, 35). E, ao ver este povo caminhar errante nas trevas da morte, o seu coração de Bom Pastor encheu-se de compaixão e misericórdia. Por isso, “Jesus vendo as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita” (Mt 9, 36-38)!
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