Irmãos, 13certamente ouvistes falar como foi outrora a minha conduta no judaísmo, com que excessos perseguia e devastava a Igreja de Deus 14e como progredia no judaísmo mais do que muitos judeus de minha idade, mostrando-me extremamente zeloso das tradições paternas. 15Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça 16se dignou revelar-me o seu Filho, para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue 17nem subi, logo, a Jerusalém para estar com os que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, parti para a Arábia e, depois, voltei ainda a Damasco. 18Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias. 19E não estive com nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor. 20Escrevendo estas coisas, afirmo diante de Deus que não estou mentindo. 21Depois, fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22Ainda não era pessoalmente conhecido das igrejas da Judéia que estão em Cristo. 23Apenas tinham ouvido dizer que “aquele que, antes, nos perseguia, está agora pregando a fé que, antes, procurava destruir”. 24E glorificavam a Deus por minha causa.
Senhor, vós me sondais e conheceis, * 2sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, † 3percebeis quando me deito e quando eu ando, * os meus caminhos vos são todos conhecidos. 13Fostes vós que me formastes as entranhas, * e no seio de minha mãe vós me tecestes. 14Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, † porque de modo admirável me formastes! * Que prodígio e maravilha as vossas obras! Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; * 15nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis; quando eu era modelado ocultamente, * era formado nas entranhas subterrâneas. 24Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
Naquele tempo, 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. 39Sua irmã, chamada Maria, sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua palavra. 40Marta, porém, estava ocupada com muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que ela me venha ajudar!” 41O Senhor, porém, lhe respondeu: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. 42Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje quer despertar em nós o olhar da fé, para que reconheçamos a presença de Deus e as maravilhas de suas obras. Ao mesmo tempo, ela quer abrir nossos ouvidos para que ouçamos a palavra de Cristo com muita atenção, pois ela é Palavra de Deus para a nossa vida e salvação.
No Evangelho que ouvimos, Jesus foi visitar a casa de duas irmãs – Marta e Maria -, amigas e discípulas dele, que mostraram distintas formas de acolhe-lo. Marta, depois de tê-lo recebido com todas as honras, foi logo correndo fazer todas as tarefas domésticas. Maria, por sua vez, colocou-se aos pés de Jesus, para ouvir a sua palavra. Diante disto, Jesus foi levado a ter que tomar posição sobre estas duas atitudes, dizendo: “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10, 41-42). Portanto, com estas palavras Jesus disse que Maria não estava apenas se ocupando de um visita qualquer, mas estava atendendo uma visita muito especial, que vinha de Deus, cujas palavras seriam Palavras de Deus, que deviam ser ouvidas com todo cuidado e atenção. Pois, a palavra de Deus deve ter prioridade acima de todas as outras ocupações e atividades nesta vida.
O Salmista, caros irmãos, se mostrou maravilhado diante das coisas mais banais e corriqueiras da vida, reconhecendo a grandeza de Deus nas suas obras. Primeiramente, ele louvava ao Senhor, porque Deus estava sempre tão atento com todos os homens, cuidando e vigiando a todos, bem de perto, e se interessando por todas as pessoas, dizendo: “Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos” (Sl 138, 1-3). E, a seguir, ele louvava a Deus por sua providência e por seu poder criador; e, sobretudo, pelo fato de tê-lo criado como uma criatura tão maravilhosa, dizendo: “Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! Que prodígio e maravilha as vossas obras! Até o mais íntimo, Senhor me conheceis (Sl 138, 13-14).
São Paulo, por sua vez, deu um forte testemunho sobre o poder transformador da Palavra de Deus, quando se deu a sua conversão e ele abraçou com todo ardor a missão de anunciar a Palavra que lhe fora revelada a todos os homens, dizendo: “Quando, porém, aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça se dignou revelar-me o seu Filho, para que eu o pregasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue nem subi, logo, a Jerusalém para estar com os que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, parti para a Arábia e, depois, voltei ainda a Damasco. Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Cefas e fiquei com ele quinze dias. E não estive com nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor” (Gl 1, 15-19). Com este testemunho, Paulo quis dizer que o seu Evangelho era perfeitamente Palavra de Deus, que ele recebera diretamente do Senhor Jesus Cristo, numa visão celeste.
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