Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados.
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, * vossa justiça ao descendente da realeza! 2Com justiça ele governe o vosso povo, * com equidade ele julgue os vossos pobres. 3Das montanhas venha a paz a todo o povo, * e desça das colinas a justiça! 4Este Rei defenderá os que são pobres, * os filhos dos humildes salvará. 7Nos seus dias a justiça florirá * e grande paz, até que a lua perca o brilho! 8De mar a mar estenderá o seu domínio, * e desde o rio até os confins de toda a terra!
O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho.
Naquele tempo, 34Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas. 35Quando estava ficando tarde, os discípulos chegaram perto de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e já é tarde. 36Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer”. 37Mas, Jesus respondeu: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” 38Jesus perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Eles foram e responderam: “Cinco pães e dois peixes”. 39Então Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. 40E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. 41Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. 42Todos comeram, ficaram satisfeitos, 43e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. 44O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra deste tempo do Natal, depois da Epifania, nos apresenta Jesus Cristo iniciando a sua obra de evangelização, manifestando-se a si mesmo às multidões e ensinando-lhes a sua doutrina. A pregação de Jesus e os sinais que ele realizava deixavam a todos maravilhados, atraindo multidões atrás de si. Conforme o testemunho de Jesus, que disse: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho” (Lc 4, 18).
O Evangelista Marco nos disse que Jesus Cristo conseguiu arrebanhar uma numerosa multidão, de mais de cinco mil pessoas, durante a sua primeira viagem missionária na região da Galileia. Todas estas pessoas tinham vindo até ele de muitas cidades e vilas daquela região, atraídos por sua fama e por sua pregação. Estiveram lá reunidos em torno de Jesus, num lugar deserto e descampado, durante um dia inteiro. E, conforme as palavras de Marcos, “Jesus começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas” (Mc 6, 34).
Dentre as coisas que Jesus ensinou naquele dia, foi aquela doutrina sobre sobre a pessoa de Jesus Cristo como o rei e o pastor de Israel, pois, “Jesus, vendo aquela numerosa multidão, teve compaixão dela, porque eram como ovelhas sem pastor” (Cfr. Mc 6, 34). Deste modo, com estas palavras, Marcos nos revelou algo que se passava no coração humano e divino de Jesus. Pois Jesus demonstrava que tinha plena consciência de sua condição de rei e de messias daquele povo. Ele tinha recebido do Pai esta dignidade régia de governar aquele povo e de apascentar aquelas ovelhas como um bom pastor.
Por isso, de forma discreta e velada, Jesus revelava àquela multidão de judeus que ele era o verdadeiro messias, o rei e o pastor daquele povo, como o profeta dissera a respeito de Jesus: “Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres. Das montanhas venha a paz a todo o povo, e desça das colinas a justiça! Este Rei defenderá os que são pobres, os filhos dos humildes salvará. Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!” (Sl 71, 1-4; 7-8).
Jesus também, naquela mesma ocasião, ensinou as multidões sobre a sua missão salvífica e redentora. Anuncio-lhes sobre o amor de Deus que se manifestou aos homens com sua vinda a este mundo. Jesus pregava às multidões aquelas mesmas verdades que mais tarde o Apóstolo João iria deixar registrado em sua carta, dizendo: “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama, não chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor. Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados” (1Jo 4, 7-10).
Por fim, no final daquele dia, depois de uma intensa evangelização, Jesus terminou aquele dia de pregações com chave de ouro, realizando o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Este milagre serviria como testemunho de sua condição divina, comprovando, assim, que as suas palavras e a sua doutrina eram de origem divina, e que eram verdadeiramente Palavras de Deus. “Então, naquele momento, Jesus mandou que todos se sentassem na grama verde, formando grupos. E todos se sentaram, formando grupos de cem e de cinquenta pessoas. Depois Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem. Dividiu entre todos também os dois peixes. Todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes. O número dos que comeram os pães era de cinco mil homens” (Mc 6, 39-44).
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