Caríssimos, 12esperais com anseio a vinda do Dia de Deus, quando os céus em chama se vão derreter, e os elementos, consumidos pelo fogo, se fundirão? 13O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça. 14Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz. 15Considerai também como salvação a longanimidade de nosso Senhor. 17Vós, portanto, bem-amados, sabendo disto com antecedência, precavei-vos, para não suceder que, levados pelo engano destes ímpios, percais a própria firmeza. 18Antes procurai crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, desde agora, até ao dia da eternidade. Amém.
Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós! 2Já bem antes que as montanhas fossem feitas † ou a terra e o mundo se formassem, * desde sempre e para sempre vós sois Deus. 3Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, * quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” 4Pois mil anos para vós são como ontem, * qual vigília de uma noite que passou. 10Pode durar setenta anos nossa vida, * os mais fortes talvez cheguem a oitenta; a maior parte é ilusão e sofrimento: * passam depressa e também nós assim passamos. 14Saciai-nos de manhã com vosso amor, * e exultaremos de alegria todo o dia! 16Manifestai a vossa obra a vossos servos, * e a seus filhos revelai a vossa glória!
Naquele tempo, 13as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra. 14Quando chegaram, disseram a Jesus: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?” 15Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja”. 16Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles responderam: “De César”. 17Então Jesus disse: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram admirados com Jesus.
Caríssimos irmão e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos remete àqueles últimos dias da vida de Jesus neste mundo. Ele se encontrava, naquele momento, em Jerusalém para realizar a grande obra de nossa salvação. Ele estava na “cova dos leões”, rodeado de inimigos ferozes por todo lado e que tramavam a sua morte, procurando algum pretexto para culpá-lo de algum crime.
Jesus, tendo entrado em Jerusalém para realizar o seu sacrifício redentor e para obter a salvação de toda a humanidade, sabendo que chegara a sua hora, se apresentou para a luta. Jerusalém tornara-se um lugar perigoso, tenebroso! E, sobretudo, as autoridades e lideranças judaicas inspiravam rancor, inveja e ódio contra Jesus. Todos unânimes queriam eliminar este profeta messias que eles não conseguiam controlar. Precisavam urgentemente de algum pretexto para incriminá-lo. “Por isso, as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra” (Mc 12, 13).
Ao encontrar Jesus no Templo, os ímpios inimigos deram um formidável testemunho sobre a retidão, a veracidade e a justiça de Jesus, declarando-o como um homem justo, ao dizerem: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus” (Mc 12, 14). Por isso, eles acabaram fornecendo provas cabais de que os ímpios inimigos de Jesus, como lobos ferozes, estava simplesmente perseguindo um justo inocente.
Com a intensão de incriminá-lo em uma cilada, os ímpios perseguidores pretendiam que Jesus se condenasse com suas próprias palavras. Por isso, disseram a Jesus: “É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?” Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja”. Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles responderam: “De César”. Então Jesus disse: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram admirados com Jesus” (Mc 12, 14-17). E assim, por um momento, até a próxima ocasião, deixaram-no em paz.
São Pedro, mais tarde, pregando o Evangelho da Salvação aos fiéis cristão, deu-lhes um testemunho eloquente sobre o poder redentor e salvador de Jesus Cristo, que haveria de se manifestar na vida de cada fiel, dizendo: “Caríssimos, esperais com anseio a vinda do Dia de Deus, quando os céus em chama se vão derreter, e os elementos, consumidos pelo fogo, se fundirão? O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça” (2Pd 3, 12-13).
Pois, assim como Jesus passou por muitas tribulações e provações, antes de dar a sua vida, os fiéis destinados à salvação deveriam estar atentos e vigilantes, conforme as palavras de Pedro: “Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura e sem mancha e em paz. Considerai também como salvação a longanimidade de nosso Senhor. Vós, portanto, bem-amados, sabendo disto com antecedência, precavei-vos, para não suceder que, levados pelo engano destes ímpios, percais a própria firmeza. Antes procurai crescer na graça e no conhecimento de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo” (2Pd 3, 14-18).
Entretanto, apesar das momentâneas dificuldades, Deus não abandona o justo e o inocente nas mãos dos malfeitores, mas o protege em todos os perigos, conforme o canto do Salmo que disse: “Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós! Já bem antes que as montanhas fossem feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre e para sempre vós sois Deus. Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo o dia! Manifestai a vossa obra a vossos servos, e a seus filhos revelai a vossa glória” (Sl 89, 1-2; 14; 16)!
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