Irmãos, 18eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. 19De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. 20Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; 21também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus. 22Com efeito, sabemos que toda a criação, até ao tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança.
Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, * parecíamos sonhar; 2aencheu-se de sorriso nossa boca, * bnossos lábios, de canções. cEntre os gentios se dizia: “Maravilhas * dfez com eles o Senhor!” 3Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, * exultemos de alegria! 4Mudai a nossa sorte, ó Senhor, * como torrentes no deserto. 5Os que lançam as sementes entre lágrimas, * ceifarão com alegria. 6Chorando de tristeza sairão, * espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, * carregando os seus feixes!
Naquele tempo, 18Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? 19Ele é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. 20Jesus disse ainda: “Com que poderei ainda comparar o Reino de Deus? 21Ele é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Palavra de Deus que ouvimos nesta Liturgia quer despertar em nós um desejo ardente de buscar o Reino dos Céus. A grande mensagem do Evangelho de Jesus Cristo consiste nesta promessa aos seus discípulos, de serem salvos por ele, e receberem como recompensa a vida eterna, no Reino de Deus. A Palavra de Deus diz que existe um paradoxo enorme entre esta vida terrena, que vivemos aqui neste mundo, e aquela vida futura, no Reino dos Céus. Isto nos foi dito de diversas formas, nas leituras que acabamos de ouvir. No Evangelho que ouvimos, Jesus contou a parábolas da semente de mostarda, dizendo: “O Reino de Deus é como a semente de mostarda, que um homem pega e atira no seu jardim. A semente cresce, torna-se uma grande árvore, e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos” (Lc 13, 19). Ou seja, depois que a minúscula semente de mostarda for lançada à terra e morre, ela se transforma numa frondosa árvore. Isto significa que a nossa vida aqui neste mundo é insignificante e frágil, como a semente de mostarda. Mas depois da morte ela desabrocha numa vida exuberante e gloriosa, como a árvore de mostarda. A outra parábola era a seguinte: “O Reino de Deus é como o fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado” Lc 13, 21). Ou seja, depois de passar pelo fogo, a massa de farinha e fermento se transforma num pão delicioso. Assim acontecerá conosco depois da morte: ressuscitaremos para uma vida nova, cheia de delícias e felicidades. O Salmista, por sua vez, disse o seguinte: Esta vida neste mundo é cheia de aflições e perturbações, semelhante ao escravo que vive no cativeiro. Porém, quando Deus nos chamar para a outra vida, alcançaremos a nossa libertação, para vivermos livres na Terra Prometida. Pois, segundo o salmista: “Quando o Senhor reconduziu nossos cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções. Entre os gentios se dizia: “Maravilhas fez com eles o Senhor! “Sim, maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria (Sl 125, 1-3)! E as palavras do Apóstolo Paulo são muito mais claras, ao nos apresentar quão maravilhosa e gloriosa é a nossa esperança no Reino dos Céus, dizendo: “Irmãos, eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós. Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? Mas se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança” (Rm 8, 18; 23-25).
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