Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles. 18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor.
Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: * que eu não seja envergonhado para sempre! 2Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! * Escutai a minha voz, vinde salvar-me!. 3Sede uma rocha protetora para mim, * um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, † o meu refúgio, proteção e segurança! * 4aLibertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. 5Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, * em vós confio desde a minha juventude! 6aSois meu apoio desde antes que eu nascesse, * 6bdesde o seio maternal, o meu amparo.
Naquele tempo, 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram.
Caríssimos discípulos e discípulas do Senhor Jesus! Celebramos hoje o martírio do grande profeta São João Batista! Jesus, quando foi-lhe comunicado sobre a morte de João Batista, fez-lhe os melhores elogios e louvores. Por certo, João Batista recebera de Deus um dos ministérios mais nobres e sublimes neste mundo, que é o de ser profeta! E, João Batista, segundo Jesus Cristo, foi o mais excelente de todos os profetas, desempenhando este ministério com toda a coragem e desapego da própria vida, como um verdadeiro servo do Senhor. João Batista, da mesma forma como Jeremias, recebeu de Deus o desafiador e perigoso ministério da profecia, quando o Senhor lhe disse: “Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer: não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles. Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor” (Jr 1, 17-19). Portanto, seguindo fielmente as ordens do Senhor, João Batista anunciava a todos o Evangelho da verdade, da santidade e da fidelidade aos mandamentos do Senhor; tanto aos bons quanto aos ímpios, tanto aos grandes quanto aos pequenos! Defendendo a nobreza e a santidade do matrimônio, conforme o Evangelho de Jesus Cristo, João denunciava o adultério de Herodes com Herodíades, esposa de seu irmão. “Assim sendo, Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava” Mc 6, 17-20). João não dizia isto por si mesmo, mas por ordem divina, pois ele devia anunciar com coragem o evangelho da Lei do Senhor aos reis, referente ao Matrimônio, denunciando a condição iníqua de Herodes e Herodíades, por estarem em público adultério. Mesmo com o risco de perder a própria vida, João não titubeou em ser fiel ao seu ministério profético. Em consequência disto, ele acabou atraindo sobre si a perseguição e o ódio dos monarcas adúlteros, ao ponto de Herodíades dizer: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram” (Mc 6, 25-29). Antes de sua morte, João elevava a Deus o seguinte hino de louvor: “Escutai a minha voz, vinde salvar-me! Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois o meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo” (Sl 70, 3-6).
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