Naqueles dias, 9Senaquerib, rei da Assíria, enviou de novo mensageiros a Ezequias para dizer-lhe: 10“Não te seduza o teu Deus, em quem confias, pensando: ‘Jerusalém não será entregue nas mãos do rei dos assírios’. 11Porque tu mesmo tens ouvido o que os reis da Assíria fizeram a todas as nações e como as devastaram. Só tu te vais salvar?” 14Ezequias tomou a carta da mão dos mensageiros e leu-a. Depois subiu ao templo do Senhor, estendeu a carta diante do Senhor 15e, na presença do Senhor, fez a seguinte oração: “Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins! Tu és o único Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste o céu e a terra. 16Inclina o teu ouvido, Senhor e ouve. Abre, Senhor, os teus olhos e vê. Ouve todas as palavras de Senaquerib, que mandou emissários para insultar o Deus vivo. 17É verdade, Senhor, que os reis da Assíria devastaram as nações e seus territórios; 18lançaram os seus deuses ao fogo, porque não eram deuses, mas obras das mãos dos homens, de madeira e pedra, por isso os puderam destruir. 19Mas agora, Senhor, nosso Deus, livra-nos de suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus”. 20Então Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: “Assim fala o Senhor, Deus de Israel: Ouvi a prece que me dirigiste a respeito de Senaquerib, rei da Assíria. 21Eis o que o Senhor disse dele: ‘A virgem filha de Sion despreza-te e zomba de ti. A filha de Jerusalém meneia a cabeça nas tuas costas. 31Pois um resto sairá de Jerusalém, e sobreviventes, do monte Sião. Eis o que fará o zelo do Senhor Todo-poderoso’. 32Por isso, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: ‘Ele não entrará nesta cidade, nem lançará nenhuma flecha contra ela, nem a assaltará com escudo, nem a cercará com trincheira alguma. 33Pelo caminho, por onde veio, há de voltar, e não entrará nesta cidade, diz o Senhor. 34Protegerei esta cidade e a salvarei em atenção a mim mesmo e ao meu servo Davi'”. 35Naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e exterminou no acampamento assírio cento e oitenta e cinco mil homens. 36Senaquerib, rei da Assíria, levantou acampamento e partiu. Voltou para Nínive e aí permaneceu.
Grande é o Senhor e muito digno de louvores * na cidade onde ele mora; 3seu Monte santo, esta colina encantadora * é a alegria do universo. Monte Sião, no extremo norte situado, * és a mansão do grande Rei! 4Deus revelou-se em suas fortes cidadelas * um refúgio poderoso. 10Recordamos, Senhor Deus, vossa bondade * em meio ao vosso templo; 11com vosso nome vai também vosso louvor * aos confins de toda a terra.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram”!
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos apresenta três mensagens distintas: Uma mensagem de fé; outra de esperança; e uma terceira mensagem de caridade.
Assim sendo, Jesus Cristo iniciou no seu Evangelho exortando os apóstolos a protegerem, com todo zelo e piedade, as coisas santas que estivessem aos seus cuidados. Por isso, ele os advertia com palavras muito duras, dizendo: “Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem” (Mt 7, 6).
Neste caso, caros irmãos, com certeza Jesus estava se referindo ao sacramento da Eucaristia, que é o grande mistério de nossa fé; e que os fiéis cristão poderiam receber na santa missa. Porém, era de responsabilidade dos ministros sagrados não distribuírem o Corpo Santo do Senhor a esmo, sem discernimento, a qualquer pessoa que não estivesse preparada ou não estivesse em condições dignas de recebe-lo. Pois, as pessoas que estivessem em pecado grave, público e notório, não poderiam arrebatar estas coisas santas. E o sacerdote que entregasse a Eucaristia a tais pessoas sem o devido discernimento, seria culpado deste mesmo delito de sacrilégio.
No Livro dos Reis, O rei Ezequias, rei de Judá, dirigiu-se ao Templo do Senhor, cheio de fé e piedade, elevando a Deus o seu coração e implorando a proteção divina sobre o seu povo e sobre a sua cidade. Pois, Senaquerib, rei dos assírios, declarara guerra contra Judá e ameaçava destruir a cidade. Por isso ele disse: “Senhor, Deus de Israel, que estás sentado sobre os querubins! Tu és o único Deus de todos os reinos da terra. Tu fizeste o céu e a terra. Inclina o teu ouvido, Senhor e ouve. Abre, Senhor, os teus olhos e vê. Mas agora, Senhor, nosso Deus, livra-nos das mãos de Senaquerib, para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus” (2Rs 19, 15-16; 19).
Deus, movido de compaixão pelo seu povo e para proteger a cidade de Davi, declarou, através do profeta Isaías, dizendo: “Assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: “‘Ele não entrará nesta cidade, nem lançará nenhuma flecha contra ela, nem a assaltará com escudo, nem a cercará com trincheira alguma. Pelo caminho, por onde veio, há de voltar, e não entrará nesta cidade, diz o Senhor. Protegerei esta cidade e a salvarei em atenção a mim mesmo e ao meu servo Davi'”. E assim, naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e exterminou no acampamento assírio cento e oitenta e cinco mil homens. Senaquerib, rei da Assíria, levantou acampamento e partiu” (2Rs 19, 32-36).
Jesus Cristo, no Evangelho, exortou aos seus discípulos a perseverarem no seu amor, cumprindo aquela regra de ouro da boa conduta cristã, dizendo: “Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a Lei e os Profetas” (Mt 7, 12).
Por fim, Jesus Cristo proclamou a sua mensagem de esperança, estimulando os seus discípulos a entrarem no caminho de salvação, rumo àquela porta estreita que se abre para o Reino dos Céus, dizendo: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram” (Mt 7, 13-14)! E, desta forma, todos aqueles que forem salvos poderão habitar nas moradas eternas, e cantar os louvores do Senhor, dizendo: “Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu Monte santo, esta colina encantadora é a alegria do universo. Monte Sião, no extremo norte situado, és a mansão do grande Rei! Deus revelou-se em suas fortes cidadelas um refúgio poderoso” (Sl 47, 2-4).
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