“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”.
A minh’alma engrandece ao Senhor, * 47e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, 48pois, ele viu a pequenez de sua serva, * eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. 49O Poderoso fez por mim maravilhas * e Santo é o seu nome! 50Seu amor, de geração em geração, * chega a todos que o respeitam. 51Demonstrou o poder de seu braço, * dispersou os orgulhosos. 52Derrubou os poderosos de seus tronos * e os humildes exaltou. 53De bens saciou os famintos * e despediu, sem nada, os ricos. 54Acolheu Israel, seu servidor, * fiel ao seu amor, 55como havia prometido aos nossos pais, * em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A festividade da “Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria no Templo” tem a sua origem nos tempos mais remotos da Igreja Católica. No Oriente, a Igreja Ortodoxa celebrava esta esta festa mariana como uma das mais importantes celebrações litúrgicas, chamando-a de “A Entrada da Mais Sagrada Mãe de Deus no Templo”.
Esta festividade teve sua origem num documento apócrifo, escrito por volta do ano 200 depois de Cristo, no assim chamado: “Evangelho de Tiago”. De acordo com estes relatos, os pais da virgem Maria, Joaquim e Ana, que não podiam ter filhos, receberam uma mensagem de que teriam um filho. Como agradecimento pela graça da filha que lhes veio, eles a levaram ainda pequena para o Templo de Jerusalém, para consagrá-la a Deus. Versões posteriores, muito veneradas e aceitas pela Igreja, diziam que a Virgem Maria, inspirada pelo Espirito Santo, tomara a iniciativa de se consagrar inteiramente a Deus, apresentando-se aos serviços no Templo. Por volta do século VI, a festa litúrgica da Apresentação de Maria no Templo já fazia parte do calendário litúrgico da Igreja.
Esta festa pretendia estabelecer uma relação muito estreita entre Maria Santíssima e o Templo de Jerusalém. Assim como ela trouxe o seu filho Jesus em seu ventre – fazendo com que seu corpo se tornasse um verdadeiro templo de Deus -, da mesma forma como o Templo de Jerusalém era considerada a morada de Deus neste mundo. Por isso, as mesmas palavras que o profeta Zacarias disse a respeito do Templo de Jerusalém, poderiam ser perfeitamente aplicadas à Virgem Maria, quando disse: “Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti” (Zc 2, 14-15).
E, logo após a anunciação do Anjo Gabriel, Maria elevou a Deus uma oração de louvor, por ter sido agraciada por Deus, trazendo em seu ventre o Salvador e Filho de Deus, dizendo: “A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome” (Lc 1, 46-49)!
Jesus Cristo, no Evangelho que ouvimos, reconheceu que Maria era, de fato, a sua mãe, por duplo sentido: o primeiro sentido se deu no fato de ele reconhecer que aquela mulher que estava lá fora era, de fato, a sua a sua mãe santíssima; e o segundo sentido, foi quando Jesus declarou que a sua mãe Maria Santíssima adquirira este título de ser a sua mãe, por ter sido aquela que cumpriu a vontade de Deus com a máxima perfeição. Diante desta circunstância, Jesus aproveitou-se da presença de sua mãe e de seus irmãos para evangelizar os seus discípulos, dizendo: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12, 48-50).
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