Irmãos, 1quando um de vós tem uma questão com um outro, como se atreve a entrar na justiça perante os injustos, em vez de recorrer aos santos? 2Será que ignorais que os santos julgarão o mundo? Ora, se o mundo está sujeito ao vosso julgamento, seríeis acaso indignos de deliberar e julgar sobre questões tão insignificantes? 3Ignorais que julgaremos os anjos? Quanto mais, coisas desta vida! No entanto, se tendes dessas questões a resolver, recorreis a juízes que a igreja não pode recomendar. Digo isso, para confusão vossa! Será, então, que aí entre vós não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos? 6Ao invés disso, irmão contra irmão vai a juízo, e isso perante infiéis! 7Aliás, já é uma grande falta haver processos entre vós. Por que não suportais, antes, a injustiça? Por que não tolerais, antes, ser prejudicado? 8Pelo contrário, vós é que cometeis injustiças e fraudes, e isso contra irmãos! 9Porventura ignorais que pessoas injustas não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem pederastas, 10nem ladrões, nem avarentos, nem beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus. 11E vós, isto é, alguns de vós, éreis isso! Mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * e o seu louvor na assembleia dos fiéis! 2Alegre-se Israel em Quem o fez, * e Sião se rejubile no seu Rei! 3Com danças glorifiquem o seu nome, * toquem harpa e tambor em sua honra! 4Porque, de fato, o Senhor ama seu povo * e coroa com vitória os seus humildes. 5Exultem os fiéis por sua glória, * e cantando se levantem de seus leitos, 6com louvores do Senhor em sua boca * 9Eis a glória para todos os seus santos
Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. 13Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: 14Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; 15Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; 16Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor. 17Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. 18Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. 19A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos apresenta alguns detalhes sobre o momento em que Jesus e os Apóstolos lançaram as bases da sua Igreja, instituindo nela alguns elementos importantes de sua organização interna.
Na passagem do Evangelho que ouvimos, o evangelista Lucas mostrou-nos um dos momentos mais promissores da obra missionária de Jesus, quando ele disse: “Eis que ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos” (Lc 6, 17-19).
E, deste modo, toda aquela multidão de homens e mulheres, expressando a sua fé e piedade, cantavam o seguinte salmo: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei! Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes. Exultem os fiéis por sua glória” (Sl 149, 1-5).
E para deixar na sua Igreja um organismo sólida para governá-la perpetuamente, Jesus escolheu e instituiu o grupo dos Doze Apóstolos. “Assim sendo, ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor” (Lc 6, 13-16).
São Paulo, na sua Carta aos Corintos apresentou uma série orientações para que a Igreja de Corinto se organizasse melhor, e se tornasse uma comunidade fraterna, promotora da paz, da justiça e da santidade. Somente assim, a Igreja exerceria bem a sua missão de ser, no mundo, um caminho de salvação! Primeiro de tudo ele propôs aos bispos e presbíteros que criassem uma espécie de um tribunal eclesiástico, para julgar as causas internas da comunidade. Por isso, ele disse: “No entanto, se tendes dessas questões a resolver, recorreis a juízes que a igreja não pode recomendar. Digo isso, para confusão vossa! Será, então, que aí entre vós não se encontra ninguém sensato e prudente que possa ser juiz entre irmãos? Ao invés disso, irmão contra irmão vai a juízo, e isso perante infiéis. Aliás, já é uma grande falta haver processos entre vós.” (1Cor 6, 5-7)!
A outra recomendação dada aos cristão de Corinto, foi no sentido de recordá-los a respeito daquele princípio evangélico de Cristo, no qual os cristãos deviam suportar certas injúrias e injustiças, sem revidar ou recorrer aos tribunais. Tal atitude deveria ser um gesto característico dos cristãos. Por isso, Paulo disse: “Por que não suportais, antes, a injustiça? Por que não tolerais, antes, ser prejudicado” (1Cor 6, 7)?
E a última recomendação foi dada ao cristãos que cometessem, eventualmente, algum pecado ou injustiça. E Paulo exortou-os a ficarem precavidos diante dos pecados graves, pois os que cometessem tais pecados perderiam a salvação, dizendo-lhes: “Pelo contrário, vós é que cometeis injustiças e fraudes, e isso contra irmãos! Porventura ignorais que pessoas injustas não terão parte no reino de Deus? Não vos iludais: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem pederastas, nem ladrões, nem avarentos, nem beberrões, nem insolentes, nem salteadores terão parte no reino de Deus. E vós, isto é, alguns de vós, éreis isso! Mas fostes lavados, fostes santificados, fostes justificados pelo nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus” (1Cor 6, 8-11).
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