O Senhor falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo. Depois, Moisés voltava para o acampamento, mas o seu jovem ajudante, Josué, filho de Nun, não se afastava do interior da Tenda. 34,5b Moisés permaneceu diante de Deus invocando o nome do Senhor. 6Enquanto o Senhor passava diante de Moisés, ele o invocava, proclamando: “O Senhor, o Senhor, Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel, 7que conserva a misericórdia por mil gerações, e perdoa culpas, rebeldias e pecados, mas não deixa nada impune, pois castiga a culpa dos pais nos filhos e netos, até à terceira e quarta geração!” 8Imediatamente, Moisés curvou-se até o chão 9e, prostrado por terra, disse: “Senhor, se é verdade que gozo de teu favor, peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua”. 28Moisés esteve ali com o Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água, e escreveu nas tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos.
O Senhor realiza obras de justiça * e garante o direito aos oprimidos; 7revelou os seus caminhos a Moisés, * e aos filhos de Israel, seus grandes feitos. 8O Senhor é indulgente, é favorável, * é paciente, é bondoso e compassivo. 9Não fica sempre repetindo as suas queixas, * nem guarda eternamente o seu rancor. Não nos trata como exigem nossas faltas, * nem nos pune em proporção às nossas culpas. 11Quanto os céus por sobre a terra se elevam, * tanto é grande o seu amor aos que o temem; 12quanto dista o nascente do poente, * tanto afasta para longe nossos crimes. 13Como um pai se compadece de seus filhos, * o Senhor tem compaixão dos que o temem.
Naquele tempo, 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão a fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos fala a respeito do tratamento que Deus dá aos seus amigos que foram eleitos para ser seus pontífices e profetas diante do povo. Verificamos que há um evidente tratamento diferenciado que o Senhor Deus reservava a Moisés, em relação povo hebreu; e que era semelhante ao tratamento privilegiado que Jesus dava aos Doze Apóstolos em relação aos outros discípulos.
Lá, no caso de Moisés, foi-nos dito que “o Senhor falava com Moisés face a face, como um homem fala com seu amigo” (Ex 33, 11). Aqui, no evangelho de Mateus, Jesus Cristo, de forma semelhante, reservava aos seus apóstolos um tratamento todo especial, da seguinte forma: “Jesus, então, deixou as multidões e foi para casa. E, ali, os seus discípulos aproximaram-se dele” (Mt 13, 36)!
A seguir, vimos Moisés dirigindo-se a Deus, implorando a sua proteção ao Povo Eleito, dizendo-lhe: “Senhor, se é verdade que gozo de teu favor, peço-te, caminha conosco; embora este seja um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua” (Ex 34, 9). Por sua vez, os discípulos se dirigiram a Jesus, reconhecendo-o como o sábio Mestre divino, dizendo-lhe: “Senhor, explica-nos a parábola do joio!” (Mt 13, 36).
Outrora, Moisés, diante do Senhor, permanecia em profunda oração, dizendo: “O Senhor, o Senhor, Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel, que conserva a misericórdia por mil gerações, e perdoa culpas, rebeldias e pecados, mas não deixa nada impune, pois castiga a culpa dos pais nos filhos e netos, até à terceira e quarta geração” (Ex 34, 6-7)! Agora, Jesus Cristo, vendo a atitude atenta e solícita dos discípulos, pôs-se a explicar a Parábola do Joio, dizendo: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; e depois os lançarão a fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça” (Mt 13, 37-43).
E assim, podemos concluir tudo isto, acompanhando o Salmista na oração, dizendo: “O Senhor realiza obras de justiça e garante o direito aos oprimidos; revelou os seus caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus grandes feitos. O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem. Como um pai se compadece de seus filhos, o Senhor tem compaixão dos que o temem” (Sl 102, 6-8; 11-13)!
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