Aconteceu, naquele tempo, que, tendo Jeroboão saído de Jerusalém, veio ao seu encontro o profeta Aías, de Silo, coberto com um manto novo. Os dois achavam-se a sós no campo. 30Aías, tomando o manto novo que vestia, rasgou-o em doze pedaços 31e disse a Jeroboão: “Toma para ti dez pedaços. Pois assim fala o Senhor, Deus de Israel: Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. 32Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. 12,19Israel rebelou-se contra a casa de Davi até ao dia de hoje.
Em teu meio não exista um deus estranho * nem adores a um deus desconhecido! 11Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, * que da terra do Egito te arranquei. 12Mas meu povo não ouviu a minha voz, * Israel não quis saber de obedecer-me. 13Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, * abandonei-os ao seu duro coração. 14Quem me dera que meu povo me escutasse! * Que Israel andasse sempre em meus caminhos! 15Seus inimigos, sem demora, humilharia * e voltaria minha mão contra o opressor.
Abri-nos, ó Senhor, o coração para ouvirmos a palavra de Jesus!
Naquele tempo, 31Jesus saiu de novo da região de Tiro, passou por Sidônia e continuou até o mar da Galileia, atravessando a região da Decápole. 32Trouxeram então um homem surdo, que falava com dificuldade, e pediram que Jesus lhe impusesse a mão. 33Jesus afastou-se com o homem, para fora da multidão; em seguida, colocou os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. 34Olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” 35Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. 36Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. 37Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos apresenta Jesus caminhando na região norte de Israel, ao longo do mar da Galileia. Ele estava ali realizando um intenso trabalho missionário, como o Pastor de Israel recolhendo as suas ovelhas que haviam sido dispersadas por Salomão, por causa do seu mau procedimento e de sua escandalosa idolatria.
Depois que Salomão, rei de Israel e líder do Povo Eleito, se precipitara no pecado e nele perseverou até o final de sua vida, deixara um péssimo exemplo para todo o Povo de Deus. Este povo, da mesma forma como fez Salomão, entregou-se a toda sorte de iniquidades, adorando aos deuses estrangeiros. Fez aquilo que desagradou a Deus, sendo por ele castigado. Como disse o profeta: “Em teu meio não exista um deus estranho nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei. Mas meu povo não ouviu a minha voz, Israel não quis saber de obedecer-me. Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, abandonei-os ao seu duro coração” (Sl 80, 10-13).
E como consequência da rebeldia e do pecado de idolatria, que se instalara no meio do Povo de Israel, o Reino de Salomão viu-se mergulhado numa revolta fratricida, dividindo-o em duas partes, conforme as palavras do profeta Aías, que disse a Jeroboão: “Eis que vou arrancar o reino das mãos de Salomão e te darei dez tribos. Mas ele ficará com uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, cidade que escolhi dentre todas as tribos de Israel”. Israel rebelou-se contra a casa de Davi até ao dia de hoje” (1Rs 11, 31-32; 12, 19).
No Evangelho que acabamos de ouvir, vimos Jesus Cristo, o filho de Davi, exercendo o seu ministério messiânico de recolher as tribos de Israel que estavam dispersas desde os tempos de Salomão. Ele estava no meio do povo como o pastor que recolhia as sua ovelhas, tratando a cada uma com muito cuidado e compaixão, pois as via como ovelhas sem pastor. Para demonstrar a sua missão messiânica, na condição de legítimo filho de Davi, que veio a este mundo para restaurar a “Vinha do Senhor” com poderes sobrenaturais. Por isso, Jesus vendo um surdo que falava com dificuldades, fez um milagre diante de toda a multidão para que todos o reconhecessem como o Messias, Filho de Deus. E, assim que Jesus abriu-lhe os ouvidos ele também abriu-lhe o coração para acolher a sua palavra. Pois, para ouvir a Palavra de Jesus Cristo não basta ouvir com os ouvidos, mas é necessário acolhê-la com o coração (Cfr At 16, 14b)!
Portanto, Jesus, “olhando para o céu, suspirou e disse: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” Imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. Jesus recomendou com insistência que não contassem a ninguém. Mas, quanto mais ele recomendava, mais eles divulgavam. Muito impressionados, diziam: “Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar” (Mc 7, 34-37).
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