Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que vivem de acordo com o exemplo que nós damos. 18Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. 19O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas. 20Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. 21Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas. 4,1Assim, meus irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade, minha alegria, minha coroa, meus amigos, continuai firmes no Senhor.
Que alegria, quando ouvi que me disseram:* “Vamos à casa do Senhor!” 2E agora nossos pés já se detêm,* Jerusalém, em tuas portas. 3Jerusalém, cidade bem edificada * num conjunto harmonioso; 4para lá sobem as tribos de Israel,* as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel,* o nome do Senhor. 5A sede da justiça lá está * e o trono de Davi.
Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos alerta sobre uma questão muito delicada e complexa. Ela nos diz que a conduta de vida dos cristãos e dos discípulos de Cristo, que vivem segundo o espírito, não pode ser do mesmo modo como levam as pessoas mundanas e seculares, que vivem segundo a carne. Pois os cristãos buscam as coisas celestes e eternas, e os mundanos buscam as coisas terrestres e temporais.
Jesus Cristo, no Evangelho que acabamos de ouvir, nos contou uma parábola para nos explicar estes mistérios da nossa vida neste mundo. Pois os critérios morais e éticos dos homens que vivem segundo os valores deste mundo são muito mais largos e permissivos do que os valores morais e éticos dos cristãos e discípulos de Cristo. Pois, estes têm o compromisso de se ater aos critérios morais estritamente honestos e justos em seus negócios. Porém, os que não creem e vivem uma vida mundana, não estão comprometidos nem com a verdade, nem com a justiça e muito menos com a honestidade. Assim sendo, eles seguem critérios morais que lhes convém em cada circunstância. E, neste caso, quanto mais espertalhões eles forem, maiores vantagem eles terão nesta vida! Por isso, Jesus concluiu a sua parábola sobre o administrador desonesto, dizendo: “E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16, 7-8).
São Paulo, escrevendo a sua carta aos filipenses, alertou-os sobre a conduta de vida que eles deviam guardar, como cristãos – discípulos de Cristo -, e como cidadãos dos céus, dizendo: “Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que vivem de acordo com o exemplo que nós damos. Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas. Assim, meus irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade, minha alegria, minha coroa, meus amigos, continuai firmes no Senhor” (Fl 3, 17; 20-2. 4, 1).
E, ao mesmo tempo, Paulo aproveitou-se daquele momento para chamar a atenção de todos aqueles cristãos que estavam se comportando muito mal, levando uma vida relaxada e mundana, que os levaria a perder tudo o que esperavam do Senhor, dizendo: “Já vos disse muitas vezes, e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso e só pensam nas coisas terrenas” (Fl 3, 18-19).
Enfim, caros irmãos, comportando-nos como bons cristãos e como cidadãos da Jerusalém celeste, poderemos recitar juntos o seguinte salmo, cantando: “Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi” (Sl 121, 1-5).
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