Ouvi isto, vós que maltratais os humildes e causais a prostração dos pobres da terra; 5vós que andais dizendo: “Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos, e adulterar balanças, 6dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr à venda o refugo do trigo?” 9“Acontecerá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escureça a terra; 10mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos; farei vestir saco a todas as cinturas e tornarei calvas todas as cabeças, o país porá luto, como por um filho único, e o final desse dia terminará em amargura. 11Eis que virão dias, diz o Senhor, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, 12Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão.
Feliz o homem que observa seus preceitos, * e de todo o coração procura a Deus! 10De todo o coração eu vos procuro, * não deixeis que eu abandone a vossa lei! 20Minha alma se consome o tempo todo * em desejar as vossas justas decisões. 30Escolhi seguir a trilha da verdade, * diante de mim eu coloquei vossos preceitos. 40Como anseio pelos vossos mandamentos! * Dai-me a vida, ó Senhor, porque sois justo! 131Abro a boca e aspiro largamente, * pois estou ávido de vossos mandamentos.
Naquele tempo, 9Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu a Jesus. 10Enquanto Jesus estava à mesa, em casa de Mateus, vieram muitos cobradores de impostos e pecadores e sentaram-se à mesa com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e perguntaram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os cobradores de impostos e pecadores?” 12Jesus ouviu a pergunta e respondeu: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. 13Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
Caríssimos irmãos e irmãs! Na Liturgia da Palavra de hoje todas as leituras que ouvimos nos garantem que nos dias em que Jesus Cristo veio nos visitar, ele ofereceu a todos os homens o sustento de sua Palavra e o perdão de seus pecados. E assim, muitos pecadores que presenciaram os fenômenos extraordinário da morte de Cristo na cruz, contritos e arrependidos, fizeram penitência de seus pecados.
O profeta Amós, prevendo aquele dia de escuridão e de angústia, no qual Jesus daria a sua vida no alto da Cruz, em favor de todos os pecadores, ele chamou os pecadores ao arrependimento e à conversão. Pois, naquele dia, muitos iníquos e perversos, cobertos de vergonha, se arrependeriam de seus pecados e buscariam o Senhor, como profetizava Amós, dizendo: “Acontecerá que naquele dia, diz o Senhor Deus, farei que o sol se ponha ao meio-dia e em pleno dia escureça a terra; mudarei em luto vossas festas e em pranto todos os vossos cânticos; farei vestir saco a todas as cinturas e tornarei calvas todas as cabeças, o país porá luto, como por um filho único, e o final desse dia terminará em amargura. Eis que virão dias, diz o Senhor, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, Os homens vaguearão de um mar a outro mar, circulando do norte para o oriente, em busca da palavra do Senhor, mas não a encontrarão”(Am 8, 9-12).
E, naqueles dias que antecederam ao sacrifício da Cruz, estava Jesus no meio dos judeus, como aquele que veio a este mundo para curar todos os que estavam corrompidos pelos pecados; deu-lhes a remissão e o perdão de suas faltas. Por isso, Jesus disse aos fariseus que o criticavam por estar tão próximo dos pecadores: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mt 9, 12-13).
Portanto, caros irmãos, todos os discípulos de Jesus, uma vez redimidos e purificados de seus pecados, deveriam perseverar numa vida de santidade, afastando-se de todo pecado. Estes homens, justificados pela misericórdia de Cristo, estariam, a partir de então, repletos da graça divina para praticarem os seus mandamentos, como proclamava o salmista, dizendo: “Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura a Deus! De todo o coração eu vos procuro, não deixeis que eu abandone a vossa lei! Minha alma se consome o tempo todo em desejar as vossas justas decisões; pois escolhi seguir a trilha da verdade” (Sl 118, 9-10; 30)!
WhatsApp us