O Senhor respondeu a Jó, do meio da tempestade, e disse: 12“Alguma vez na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, 13para que ela apanhe a terra pelos quatro cantos, e sejam dela sacudidos os malfeitores? 14A terra torna argila compacta, e tudo se apresenta em trajes de gala, 15mas recusa-se a luz aos malfeitores e quebra-se o braço rebelde. 16Chegaste perto das nascentes do Mar, ou pousaste no fundo do Oceano? 17Foram-te franqueadas as portas da Morte, ou viste os portais das Sombras? 18Examinaste a extensão da Terra? Conta-me, se sabes tudo isso! 19Qual é o caminho para a morada da luz, e onde fica o lugar das trevas? 20Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer o acesso à sua morada? 21Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e grande é o número dos teus anos!” 40,3Jó respondeu ao Senhor, dizendo: 4“Fui precipitado. Que te posso responder? Porei minha mão sobre a boca. 5Falei uma vez, não replicarei; uma segunda vez, mas não falarei mais”.
Senhor, vós me sondais e conheceis, * 2sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, † 3percebeis quando me deito e quando eu ando, * os meus caminhos vos são todos conhecidos. 7Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? * E para onde fugirei de vossa face? 8Se eu subir até os céus, ali estais; * se eu descer até o abismo, estais presente. 9Se a aurora me emprestar as suas asas, * para eu voar e habitar no fim dos mares; 10mesmo lá vai me guiar a vossa mão * e segurar-me com firmeza a vossa destra. 13Fostes vós que me formastes as entranhas, * e no seio de minha mãe vós me tecestes. 14Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, † porque de modo admirável me formastes! * Que prodígio e maravilha as vossas obras! 24Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos rejeita, a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje quis despertar em nós um espírito de fé, de gratidão e uma sensata sabedoria, para que percebamos em todas as coisas que existem neste mundo, como maravilhas da criação divina. Olhando as coisas desta forma, tudo passa a ser visto como um dom de Deus e um milagre do seu poder criador. Ao mesmo tempo, as leituras que ouvimos nos advertem a não nos tornarmos indiferentes e insensíveis diante das obras de Deus; pois este comportamento nos levaria a tratar todas as coisas como se fossem banais e corriqueiras, sem nos impressionar por elas, mesmo se estivéssemos diante de verdadeiros milagres.
No livro de Jó, nós vimos o próprio Deus repreendendo Jó por ter falado demais, e ter deixado Deus em uma situação constrangedora e desconfortável, por causa do excesso de reclamações de Jó e por sua visão demasiadamente pessimista da vida. Diante disto, Deus fez-lhe lembrar uma série de situações que existem no mundo, que seriam a expressão das maravilhas do seu poder e da sua perfeita sabedoria. Por isso, Deus disse a Jó: “Alguma vez na vida deste ordens à manhã, ou indicaste à aurora o seu lugar, para que ela apanhe a terra pelos quatro cantos, e sejam dela sacudidos os malfeitores? Foram-te franqueadas as portas da Morte, ou viste os portais das Sombras? Examinaste a extensão da Terra? Conta-me, se sabes tudo isso! Qual é o caminho para a morada da luz, e onde fica o lugar das trevas? Poderias alcançá-las em seu domínio e reconhecer o acesso à sua morada? Deverias sabê-lo, pois já tinhas nascido e grande é o número dos teus anos” (Jó 38, 12-13;17-21)!”
O rei Davi, num momento de grande piedade e fé, elevou o seu coração num cântico de louvor e gratidão a Deus, pelas grandes maravilhas da criação. Bem como, ele estava extasiado diante da grandeza de Deus, expressa na sua onipotência e na sua onipresença, dizendo: “Senhor, vós me sondais e conheceis, sabeis quando me sento ou me levanto; de longe penetrais meus pensamentos, percebeis quando me deito e quando eu ando, os meus caminhos vos são todos conhecidos. Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente. Fostes vós que me formastes as entranhas, e no seio de minha mãe vós me tecestes. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, porque de modo admirável me formastes! Que prodígio e maravilha as vossas obras” (Sl 138, 1-3; 7-8; 9-10; 14)!
Jesus Cristo, no Evangelho que ouvimos, fez uma série de comentários no qual ele estava vivamente impressionado com a falta de fé, com a indiferença e com a frieza dos judeus diante de sua pregação e diante dos inúmeros milagres realizados por ele. Sobretudo, naquelas cidades onde Jesus havia frequentado muitas vezes, e inclusive ele havia morando no meio deles, porém, a sua obra evangelizadora teve pouquíssimas conversões. Decepcionado e desapontado com esta atitude de incredulidade daquelas cidades que foram contempladas com o maior número de milagres, Jesus disse: “Ai de ti, Corazim! Aí de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno” Lc 10, 13-15).
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