Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo que acontece debaixo do céu. 2Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta. 3Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. 4Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar. 5Tempo de atirar pedras e tempo de as amontoar; tempo de abraçar e tempo de se separar. 6Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de esbanjar. 7Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. 8Tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz. 9Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? 10Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. 11As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza.
Bendito seja o Senhor, meu rochedo. 2
Ele é meu amor, meu refúgio, * libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero. 3Que é o homem, Senhor, para vós? † Por que dele cuidais tanto assim, * e no filho do homem pensais? 4Como o sopro de vento é o homem, * os seus dias são sombra que passa.
Aconteceu que Jesus 18estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”.
Caríssimos irmãos e irmãs. A Liturgia da Palavra nos diz que tudo neste mundo está sujeito à lei do tempo e do movimento. Tudo neste mundo tem o seu tempo de existir, e que tais coisas neste mundo perecível, se movem no tempo para acabar! Tudo nasce e tudo morre! Só Deus permanece! Por isso, Jesus Cristo ao vir a este mundo, embora fosse Deus, quis submeter-se às instabilidades do tempo e às fragilidades da vida humana neste mundo!
No Evangelho que acabamos de ouvir Jesus nos levou a acreditar que ele era realmente o poderoso Senhor e Salvador! Conforme a profissão de fé de Pedro, que confessou a natureza divina de Cristo, dizendo: “Tu és o Cristo de Deus” (Lc 9, 21). E Jesus Cristo, ouvindo tal ato de fé, o aprovou plenamente. Porém, ele achou que não seria oportuno revelar ao povo esta verdade naquele momento e, por isso, deveriam guardar tal mistério em segredo, visto que “Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém” (Lc 9, 21). E, a seguir, Jesus lhes disse que a sua divindade seria revelada ao povo somente depois de sua paixão, morte e ressurreição: “Pois, o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia” (Lc 9, 22).
Jesus quis mostrar, assim, que os mistérios de sua vida deviam seguir as mesmas leis da natureza deste mundo. Tudo devia acontecer no seu tempo certo e oportuno, conforme a sabedoria de Deus. Pois, conforme o Eclesiastes: “Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo que acontece debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta. Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. Pois, eu observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza” (Ecl 3, 1-3; 10-11).
Entretanto, Jesus Cristo, na condição de Senhor e Salvador, era profeticamente apresentado como o refúgio seguro contra as intempéries deste mundo; a fortaleza sólida contra os perigos desta vida; e um abrigo seguro contra os ímpios e os seus perseguidores! Desta forma, o homem percebendo-se cercado de tantas fragilidades e perigos, encontraria no Senhor a proteção e o amparo seguro para se salvar deste mundo tenebroso e instável. Por isso, cheio de gratidão, o profeta elevou a Deus esta oração, dizendo: “Bendito seja o Senhor, meu rochedo. Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero. Que é o homem, Senhor, para vós? Por que dele cuidais tanto assim, e no filho do homem pensais? Como o sopro de vento é o homem, os seus dias são sombra que passa” (Sl 146, 1-4).
WhatsApp us