Irmãos, 32lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados, suportastes longas e dolorosas lutas. 33Às vezes, éreis apresentados como espetáculo, debaixo de injúrias e tribulações; outras vezes, vos tornáveis solidários dos que assim eram tratados. 34Com efeito, participastes dos sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza melhor e mais durável. 35Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa. 36De fato, precisais de perseverança para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu. 37Porque ainda “bem pouco tempo, e aquele que deve vir, virá e não tardará. 38O meu justo viverá por causa de sua fidelidade, mas, se esmorecer, não encontrarei mais satisfação nele”. 39Nós não somos desertores, para a perdição. Somos homens da fé, para a salvação da alma.
Confia no Senhor e faze o bem, * e sobre a terra habitarás em segurança. 4Coloca no Senhor tua alegria, * e ele dará o que pedir teu coração. 5Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino; * confia nele, e com certeza ele agirá. 6Fará brilhar tua inocência como a luz, * e o teu direito, como o sol do meio-dia. 23É o Senhor quem firma os passos dos mortais * e dirige o caminhar dos que lhe agradam; 24mesmo se caem, não irão ficar prostrados,* pois é o Senhor quem os sustenta pela mão. 39A salvação dos piedosos vem de Deus; * ele os protege nos momentos de aflição. 40O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, † defende-os e protege-os contra os ímpios, * e os guarda porque nele confiaram.
Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece. 28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. 30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.
Caríssimos irmãos!
Embora as parábolas e as historietas que Jesus contava em suas pregações fossem de fácil compreensão, já seu significado e a sua interpretação, de modo geral, era de difícil compreensão. Para compreender o sentido alegórico das parábolas eram necessárias duas coisas fundamentais: Primeiro, ouvir e prestar bem atenção naquilo que Jesus estava anunciando a respeito do Reino de Deus. Segundo, por ser uma explicação de realidades espirituais muito complexas, ele precisava facilitar o seu discurso fazendo uso do recurso didático da parábola.
Como Jesus estava anunciando e revelando aos seus ouvintes realidades espirituais muito elevadas e sublimes – tais como a instalação do Reino de Deus aqui neste mundo – ele sabia que os seus ouvintes não iriam aprender quase nada, se ele não simplificasse o seu discurso! Além disso, Ele sabia muito bem que falar sobre tal assunto era algo de difícil compreensão, e aquele público ouvinte não iria prestar-lhe a atenção, no que estava ensinando, se não facilitasse a compreensão de sua mensagem. Pelo fato de estar falando sobre realidades espirituais, que, em geral, ultrapassam o nosso comum modo de conhecer as coisas, ele precisava ser mais concreto e simples no seu discurso.
Por isso, ele se valeu do recurso didático das comparações alegóricas e das parábolas, para facilitar a compreensão e o raciocínio. Este é, sem dúvida, o melhor modo de se explicar realidades complexas e espirituais: fazer comparações com realidade visuais e concretas, a partir de narrativas, parábolas e imagem. Assim, Jesus se pôs a explicar o Reino de Deus, a partir de parábolas, pois ele sabia que, desta forma, as pessoas estariam bem mais dispostas a dar ouvidos ao seu anúncio, aderindo e abraçando o Reino de Deus.
WhatsApp us