Irmãos, 18já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21O que outros ousam dizer em vantagem própria, eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato. 22São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23São servos de Cristo? Como menos sensato, digo: eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia no alto-mar. 26Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. 27Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28E sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as Igrejas! 29Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei!
1Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! 2Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / 3Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. 5Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / 6Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão”
Caríssimos irmã e irmãs em Cristo, nosso Senhor! Estamos diante de uma das passagens da Sagrada Escritura mais genuinamente evangélica, que é esta proposta desafiadora de Jesus Cristo de se desapegar diante dos bens materiais e abraçar os bens espirituais do Reino dos céus.
Em três simples frases ele praticamente conseguiu resumir o espírito do seu Evangelho. Ou seja, Jesus conseguiu propor, delicadamente, um desafio de vida enorme, no sentido de relativizar a vida que nós temos neste mundo – sem desprezá-la -, priorizando a vida no Reino dos céus – enaltecendo-a -. Ele proclamou, alto e bom som, que é preferível ser pobre e carente de bens materiais perecíveis neste mundo, para, assim, estar disponível para ser rico e repleto de bens espirituais, que são eternos, e que pertencem ao mundo futuro dos céus!
Na verdade ele propôs aos discípulos aquilo que ele pessoalmente já vivia. Por isso ele disse: “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem nem os ladrões assaltam e roubam. Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 19-21).
Deste modo, todo cristão que assim o fizer, poderá dizer: “Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu e de todos os temores me livrou. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia” (Sl 33, 2-6).
São Paulo, falando aos irmãos de Corinto, deu-lhes um testemunho maravilhoso de um verdadeiro Apóstolo do Evangelho de Cristo. Paulo disse que ele mesmo aplicou em sua vida esta proposta evangélica do desprendimento dos bens e das glórias deste mundo, para abraçar os bens e as glórias do Reino dos Céus. E, ele pôde dizer que foi mais além do que isto! Ele deu o seu testemunho dizendo que perdeu tudo o que tinha, sofreu todo tipo de humilhação e angústia, e que passou por todo tipo de suplício e penúria, por amor a Cristo, por amor ao Evangelho e por amor ao Reino dos Céus! Como ele mesmo disse: “De fato, muito mais do que eles: eu sofri pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta açoites menos um. Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia no alto-mar. Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! E sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as Igrejas! Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei” (2Cor 11, 23-30)!
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