Aquela mesma voz do céu, que eu, João, já tinha ouvido, tornou a falar comigo: “Vai. Pega o livrinho aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e a terra”. 9Eu fui até ao anjo e pedi que me entregasse o livrinho. Ele me falou: “Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca, será doce como mel”. 10Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. 11Então ele me disse: “Deves profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis”.
Seguindo vossa lei me rejubilo * muito mais do que em todas as riquezas. 24Minha alegria é a vossa Aliança, * meus conselheiros são os vossos mandamentos. 72A lei de vossa boca, para mim, * vale mais do que milhões em ouro e prata. 103Como é doce ao paladar vossa palavra, * muito mais doce do que o mel na minha boca! 111Vossa palavra é minha herança para sempre, * porque ela é que me alegra o coração! 131Abro a boca e aspiro largamente, * pois estou ávido de vossos mandamentos.
Naquele tempo, 45Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os vendedores. 46E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões”. 47Jesus ensinava todos os dias no Templo. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam modo de matá-lo. 48Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos diz que a Palavra de Deus anunciada entre os homens se mostra sempre como um sinal de contradição. Os homens costumam recebê-la de diferentes modos. Uns logo a recebem com alegria como uma verdadeira Boa-Nova do Evangelho do Senhor! E outros a rechaçam imediatamente, repelindo-a e combatendo-a com hostilidade. Pois, a Palavra de Deus costuma apresentar-se com um caráter acentuadamente profético, no qual se anuncia os preceitos de Deus e também se denuncia todo tipo de pecado, que leva os pecadores a reagirem muito mal diante da palavra profética, ao serem desmascarados as suas iniquidades.
Assim sendo, caros irmãos, quando Jesus começou a pregar o seu evangelho no Templo de Jerusalém, ele encontrou ali dentro muitas contrariedades. Primeiramente ele se deparou com uma situação absurda, que o deixou muito irritado, por terem transformado o Templo de Jerusalém numa praça de negócios. Pois, quando “Jesus entrou no Templo ele começou a expulsar os vendedores. E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões” (Lc 19, 45-46). Depois disto, ao começar a sua pregação, ele encontrou no templo dois grupos de pessoas que reagiram de forma diferente diante de suas palavras, “pois os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. Mas não sabiam o que fazer, porque o povo todo ficava fascinado quando ouvia Jesus falar” (Lc 19, 47-48).
São João, no Livro do Apocalipse, disse que em sua visão celestial lhe fora solicitado por uma voz que dizia: “Vai. Pega o livrinho aberto da mão do anjo que está de pé sobre o mar e a terra”. Eu fui até ao anjo e pedi que me entregasse o livrinho. Ele me falou: “Pega e come. Será amargo no estômago, mas na tua boca, será doce como mel”. Peguei da mão do anjo o livrinho e comi-o. Na boca era doce como mel, mas quando o engoli, meu estômago tornou-se amargo. Então ele me disse: “Deves profetizar ainda contra outros povos e nações, línguas e reis” (Ap 10, 9-11). Isto quer dizer que a sua pregação profética, seguindo o ensinamento daquele livrinho, teria a marca da contradição; sendo recebida com docilidade por uns, e seria rejeitada amargamente por outros.
Por fim, irmãos caríssimos, gostaria de enaltecer o testemunho do profeta que anunciou a boa-nova dos preceitos do Senhor através do Salmo 118. Este salmo revelou-se como um grande hino profético de louvor às maravilhas e aos enormes benefícios que a Lei do Senhor pode produzir na vida de quem a pratica. E, ao mesmo tempo, ele exortava a todos os fiéis a não se oporem aos preceitos do Senhor, pois eles são os bens mais preciosos desta vida, para se levar uma vida digna e feliz. Por isso, ele dizia: “Seguindo vossa lei me rejubilo muito mais do que em todas as riquezas. Minha alegria é a vossa Aliança, meus conselheiros são os vossos mandamentos. A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata. Como é doce ao paladar vossa palavra, muito mais doce do que o mel na minha boca! Vossa palavra é minha herança para sempre, porque ela é que me alegra o coração” (Sl 118, 14; 24; 72;; 103; 111)!
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