Naqueles dias, 1Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao sumo sacerdote 2e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho. 3Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo, de repente, viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. 4Caindo por terra, ele ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” 5Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. 6Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer”. 15Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. 16Eu vou mostrar-lhe quanto ele deve sofrer por minha causa”. 17Então Ananias saiu, entrou na casa e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo: “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas no caminho, ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. 18Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas e ele recuperou a vista. Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado. 19Tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco 20e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus.
Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho”(Mc 16,15)!
1Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, * povos todos, festejai-o! 2Pois comprovado é seu amor para conosco,* para sempre ele é fiel!
Naquele tempo, 52os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. 59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum.
Caríssimos discípulos e discípulas do Senhor Ressuscitado! A Liturgia da Palavra de hoje exorta a nós todos a buscarmos em Cristo a nossa salvação. É, portanto, necessário acreditar nele e segui-lo, pois ele é o caminho de vida e salvação!
A pregação que Jesus fez na Sinagoga de Cafarnaum deixou muitos judeus assustados e escandalizados. Os judeus, de modo geral, já estavam cientes de sua forma costumeira de falar. Jesus, quando precisava ensinar certas verdades doutrinais e espirituais muito complexas, ele costumava usar os recursos de linguagem que simplificavam e facilitavam a compreensão, expressando-se através de parábolas, metáforas e alegorias.
Porém, neste discurso dirigido à multidão de judeus, reunidos na Sinagoga de Cafarnaum, Jesus foi muito direto e concreto, sem rodeios e sem usar figuras de linguagem, ao revelar-lhes a sua doutrina sobre a Eucaristia. Ele começa logo dizendo: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 53-56). Com certeza Jesus dizendo isto desta forma, não tinha a menor intenção de escandalizar e perturbar as mentes dos ouvintes! Não! Absolutamente ele não estava sugerindo a prática do canibalismo, como certos judeus disseram, protestando: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer” (Jo 6, 52)?
A compreensão correta deste discurso só será possível, mais tarde, após a instituição da Eucaristia, que transformou o pão em carne de Cristo e o vinho em sangue de Cristo. Entretanto, este discurso foi feito ali, na sinagoga de Cafarnaum, não tanto para os judeus que estavam ali presentes, mas para nós, os discípulos do Senhor, que já temos o conhecimento da doutrina divinamente revelada sobre a Eucaristia. Nesta doutrina nós acreditamos que a sua carne é verdadeiramente comida, quando tomamos o pão transubstanciado na Eucaristia. Bebemos verdadeiramente o seu sangue, quando bebemos o vinho transubstanciado na Eucaristia. Assim, desta forma entendemos perfeitamente o seu discurso, quando ele declarou, dizendo: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre” (Jo 6, 54-58).
Na leitura do livro dos Atos dos Apóstolos foi-nos dado um belo testemunho de Saulo (mais tarde chamado de Paulo). Ele fez o caminho inverso dos judeus de Cafarnaum; pois, estes judeus, que estavam aceitando Jesus, ao se escandalizarem com as sua palavras, se afastaram de Jesus e começaram a hostilizá-lo. Saulo, por sua vez, era era um judeu convicto, da seita dos fariseus, que era inimigo e perseguidor de Jesus Cristo e dos cristãos. Porém, “logo depois da sua conversão ele começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus” (At 9, 20). Depois de ter visto Jesus, no caminho de Damasco, foi-lhe revelado por intermédio de Ananias, as seguintes palavras: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. Eu vou mostrar-lhe quanto ele deve sofrer por minha causa” (At 9, 15-16). Paulo, recebeu, assim, do próprio Jesus a mesma missão apostólica que os outros apóstolos receberam, quando ele disse: “Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho” (Mc 16,15).
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