Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9o profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. 12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: “Que fazes aqui, Elias?” 14Ele respondeu: “Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus Todo-poderoso, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me”. 15O Senhor disse-lhe: “Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. 16Unge também a Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar”.
Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, * atendei por compaixão! 8Meu coração fala convosco confiante, é vossa face que eu procuro. Não afasteis em vossa ira o vosso servo, * sois vós o meu auxílio! 9Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, * meu Deus e Salvador! 13Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver * na terra dos viventes. 14Espera no Senhor e tem coragem, * espera no Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. 30Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje se revela a Palavra do Senhor – tanto no Monte Horeb ao profeta Elias, quanto no Monte das Bem-Aventuranças com Jesus Cristo – em toda a sua exuberância de suavidade, pureza de coração e mansidão.
No Primeiro Livro dos Reis, na passagem que acabamos de ouvir, nos foi apresentado o grande profeta Elias, refugiado no Monte Horeb, o monte de Deus, onde ele viveu os seus últimos dias de vida. Depois de passar uma vida inteira cheia de tribulações e peripécias a serviço do Senhor, encontrava-se agora, ali, sozinho e desolado, escondido numa caverna do Monte Horeb, em cujo monte Deus havia dado a Moisés os seus mandamentos.
Em meio aos cânticos de júbilo e louvor, Elias extravasava o seu coração diante do Senhor, dizendo: “Ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! Meu coração fala convosco confiante, é vossa face que eu procuro. Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador! Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes” (Sl 26, 7-9; 13).
Estando ali, no Monte de Deus, o Senhor veio ao seu encontro para lhe confortar, numa visão mística. “E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: “Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar” (1Rs 19, 10-11). “A seguir, ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: “Que fazes aqui, Elias?” Ele respondeu: “Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus Todo-poderoso, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me” (1Rs 19, 12-14).
Por fim, o Senhor lhe conferiu a última missão, dizendo: “Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. Unge também a Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar” (1Rs 19, 15-16).
Jesus Cristo, no Evangelho que nós ouvimos, estava sentado no alto do Monte das Bem-Aventuranças e ensinava os seus discípulos e uma grande multidão de pessoas. Investido de sua autoridade de Divino Legislador, Jesus pregava a todos com muita simplicidade e mansidão, a respeito da Lei do Senhor Deus. Depois de ter dito que ele não estava abolindo a antiga Lei mosaica, mas estava levando-a à sua perfeição, resgatando o seu espírito original, ele começou a falar sobre cada um dos mandamentos.
Por isso, tocando nos dois mandamentos mais sensíveis, o sexto e o nono mandamento da Lei de Deus, ele começou a dizer: “Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno” (Mt 5, 27-30). Assim sendo, com estas normas Jesus deu as devidas orientações legais sobre a pureza espiritual e corporal, exortando-os a evitar todo tipo de pecado que pudesse levar a alma aos infernos.
Por fim, ele voltou a dar algumas orientações sobre o sexto mandamento, dizendo: “Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério” (Mt 5, 31-32). Com estas palavras Jesus exortou os seus discípulos a manterem a fidelidade e a castidade em seu matrimônio, pois, esta era a vontade de Deus para todos aqueles que se casam.
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