Irmãos, 16pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! 17Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. 18Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. 19Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. 22Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. 23Por causa do evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. 24Acaso não sabeis que os que correm no estádio correm todos juntos, mas um só ganha o prêmio? Correi de tal maneira que conquisteis o prêmio. 25Todo atleta se sujeita a uma disciplina rigorosa em relação a tudo, e eles procedem assim, para receberem uma coroa corruptível. Quanto a nós, a coroa que buscamos é incorruptível! 26Por isso, eu corro, mas não à toa. Eu luto, mas não como quem dá murros no ar. 27Trato duramente o meu corpo e o subjugo, para não acontecer que, depois de ter proclamado a boa-nova aos outros, eu mesmo seja reprovado.
Minha alma desfalece de saudades * e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam * e exultam de alegria no Deus vivo! 4Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, † e a andorinha ali prepara o seu ninho, * para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! * vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor! 5Felizes os que habitam vossa casa; * para sempre haverão de vos louvar! 6Felizes os que em vós têm sua força, * e se decidem a partir quais peregrinos! 12O Senhor Deus é como um sol, é um escudo, * e largamente distribui a graça e a glória. O Senhor nunca recusa bem algum * àqueles que caminham na justiça.
Naquele tempo, 39Jesus contou uma parábola aos discípulos: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? 40Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre. 41Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? 42Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos apresenta, primeiramente, algumas condições que são necessárias para que sejamos bons discípulos de Cristo. E, a seguir, ela nos revela alguns requisitos necessários para que sejamos autênticos anunciadores do seu caminho de vida e salvação.
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus nos advertiu dizendo que se nós quisermos ensinar aos outros o caminho da vida e salvação seria necessário que antes fôssemos instruídos na ciência e nos mistérios deste caminho. E, neste caso, precisaríamos ser instruídos por um bom mestre, que nos iluminasse no conhecimento deste caminho. Aí, então, tanto nós mesmos, quantos os nossos discípulos poderíamos prosseguir neste caminho de vida e salvação sem atropelos e sem confusão. Por isso, Jesus disse: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco? Um discípulo não é maior do que o mestre; todo discípulo bem formado será como o mestre” (Lc 6, 39-40).
E Jesus completou o seu discurso com uma outra parábola, dizendo: “Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a trave que há no teu próprio olho? Como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho, quando tu não vês a trave no teu próprio olho? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Lc 6, 41-42). Ou seja, com estas palavras Jesus quis dizer que todo aquele que quiser ensinar aos outros o caminho de vida e salvação, deveria estar bem atento com a sua própria conduta de vida, para não cair na hipocrisia. Pois, no caso de tentar corrigir os outros do seu mau procedimento, estes poderiam incriminá-lo do mesmo mal, tornando-se infrutífera a sua correção. Desta forma, ambos se desviariam do caminho de vida e salvação!
São Paulo, usando o seu próprio exemplo de vida, e por outras palavras, pretendia dizer as mesmas coisas que Jesus falou. São Paulo se apresentou aos cristãos de Corinto como aquele que se colocou a serviço de Cristo, para anunciar-lhes o Evangelho de salvação. Primeiramente ele declarou que não estava anunciando o Evangelho de Cristo por iniciativa própria, mas por um chamado que ele recebera do Senhor, dizendo: “Pregar o evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o evangelho! Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado” (1Cor 9, 16-17).
E a seguir, São Paulo disse que estava trabalhando nesta tarefa da evangelização sem receber nenhum salário. Porém, ele dizia que sentia-se muito bem recompensado, de uma parte, se conseguisse alcançar a salvação de alguns. E além disto, ele confiava nas promessas de Jesus – a quem ele servia – de que haveria de receber uma coroa de glória no Reino dos céus. Por isso, ele disse: “Em que consiste então o meu salário? Em pregar o evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o evangelho me dá. Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Quanto a nós, a coroa que buscamos é incorruptível” (1Cor 9, 18-19; 22; 25)! Da mesma forma dizia o profeta: “A minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo! Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar” (Sl 83, 3; 5)!
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