Irmãos, 7trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós. 8Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; 9perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; 10por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos. 11De fato, nós, os vivos, somos continuamente entregues à morte, por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa natureza mortal. 12Assim, a morte age em nós, enquanto a vida age em vós. 13Mas, sustentados pelo mesmo espírito de fé, conforme o que está escrito: “Eu creio e, por isso, falei”, nós também cremos e, por isso, falamos, 14certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15E tudo isso é por causa de vós, para que a abundância da graça em um número maior de pessoas faça crescer a ação de graças para a glória de Deus.
Guardei a minha fé, mesmo dizendo: * “É demais o sofrimento em minha vida!” 11Confiei, quando dizia na aflição: * “Todo homem é mentiroso! Todo homem!” 15É sentida por demais pelo Senhor * a morte de seus santos, seus amigos. 16Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † vosso servo que nasceu de vossa serva; * mas me quebrastes os grilhões da escravidão! 17Por isso oferto um sacrifício de louvor, * invocando o nome santo do Senhor. 18Vou cumprir minhas promessas ao Senhor * na presença de seu povo reunido
Como astros no mundo brilheis, pregando a Palavra da vida!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. 30Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos exorta a manter-nos fiéis à palavra do Senhor e aos seus mandamentos, guardando a fé em Jesus Cristo e evitando todo pecado grave, afim de sermos dignamente recompensados com a salvação da vida eterna. Pois, todo aquele que, com grande sacrifício, evitar o pecado grave e guardar a sua fé em Cristo aqui neste mundo, será largamente recompensado por Deus no Reino dos Céus!
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus Cristo estava orientando os seus discípulos e todos aqueles que estavam ouvindo a sua pregação a praticarem com todo empenho os mandamentos da Lei de Deus, exortando-os a evitar com coragem e determinação todo pecado grave. Com muita sabedoria e perspicácia, Jesus sabia que todos os homens e todas as mulheres encontravam grandes dificuldades em renunciar ao pecado, sobretudo àqueles pecados graves que costumavam provocar paixões arrebatadoras. Portanto, para evitar e renunciar a tais tentações, os homens e as mulheres precisariam estar munidos de boas convicções religiosas e de um grande espírito de sacrifício.
Quando Jesus tocou no tema do adultério, ele disse que a Lei de Deus o proibia, por ser um pecado grave, dizendo: “Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério'” (Mt 5, 27). Porém, ele logo completou dizendo, que não se praticava o adultério apenas com o ato sexual, mas também se cometia o adultério pelo desejo deliberado de praticá-lo, como disse Jesus: “Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5, 28).
Logo a seguir, o Bom Mestre disse que os homens e as mulheres encontrariam motivação e força para evitar e renunciar a tais pecados, se eles soubessem que tais crimes seriam punidos pelo Justo Juiz com a morte eterna, nos infernos. Pois, segundo Jesus, este pecado fazia perder a salvação, provocando, assim, a sua condenação eterna. Por isso, Jesus, o Justo Juiz, alertou a todos, dizendo: “Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se a tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno” (Mt 29-30).
São Paulo, na sua Segunda Carta aos Coríntios, quis consolar e estimular os cristãos daquela comunidade a manterem-se firmes na fé em Jesus Cristo, guardando os preceitos do seu Evangelho, mesmo que isto lhes exigisse um grande espírito de sacrifício e de resiliência diante das tribulações e das perseguições. Ele mesmo se apresentou como exemplo e modelo a ser seguido, dizendo: “Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos entre os maiores apuros, mas sem perder a esperança; perseguidos, mas não desamparados; derrubados, mas não aniquilados; por toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossos corpos” (2Cor 4, 8-10).
E, finalmente, Paulo lhes disse que os cristãos deveriam suportar tudo isto com paciência e fé, aguardando os bens da esperança cristã, confiando na futura ressurreição da vida eterna, dizendo: “Nós também cremos e, por isso, falamos, certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco” (2Cor 4, 13-14).
Em suma, o profeta Davi, confirmando as palavras de São Paulo, chorava e lamentava diante de Deus, porque ele teve que passar por tantas aflições e sofrimentos, para manter-se íntegro na fé e na conduta de vida, dizendo: “Guardei a minha fé, mesmo dizendo: ‘É demais o sofrimento em minha vida!’ Confiei, quando dizia na aflição: “Todo homem é mentiroso! É sentida por demais pelo Senhor a morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, vosso servo que nasceu de vossa serva. Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o nome santo do Senhor” (Sl 115, 14-17).
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