Naqueles dias, 34um fariseu, chamado Gamaliel, levantou-se no sinédrio. Era mestre da Lei, e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante. 35Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. 38Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se esse projeto ou essa atividade é de origem humana, será destruído. 39Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel. 40Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus.
1O Senhor é minha luz e salvação; * de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; * perante quem eu tremerei? 4Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, * e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor * por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor * e contemplá-lo no seu templo. 13Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver * na terra dos viventes. 14Espera no Senhor e tem coragem, * espera no Senhor!
Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Caríssimos discípulos e discípulas do Cristo Ressuscitado! A Liturgia da Palavra, que acabamos de ouvir, nos apresenta duas reações distintas dos judeus, diante de Jesus Cristo, no momento em que ele realizava os seus milagres e todos aqueles sinais sobrenaturais. Uns acreditavam nele e o admiravam; e outros o rejeitavam e o perseguiam!
Os milagres de Jesus eram feitos por ele com a única finalidade de despertar a fé nas pessoas, para que elas acreditassem que ele era Deus. Assim sendo, os judeus, que presenciaram o milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes, ficaram, com certeza, maravilhados com tal fenômeno, que saciou a fome daquela grande multidão. Estes, vendo o milagre da multiplicação dos alimentos, não viram em Cristo o Messias, e nem acreditaram que ele fizesse tais milagres por ser o Senhor, o Filho de Deus que devia vir a este mundo. Eles distorceram as coisas e passaram a acreditar que Jesus fosse simplesmente um profeta, muito bem relacionado com Deus, que poderia resolver todos os problemas humanos, mediante os seus poderes miraculosos.
Assim sendo, “vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o profeta, aquele que deve vir ao mundo” (Jo 6, 14). Calcularam que se ele se tornasse rei, todos os problemas seriam resolvidos! Ou seja, Jesus iria, com seus poderes miraculosos, resolver todos os problemas da fome, das doenças, e de todas as carências materiais. Por isso, Jesus mesmo percebeu que os judeus se despertaram à uma falsa fé, e acharam que ele fosse aquele Rei-Messias, filho de Davi, que haveria de instaurar o reino messiânico de Israel. Por isso, “quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte” (Jo 6, 15).
Já as autoridades Judaicas, em Jerusalém, mesmo vendo os milagres que Jesus fizera, não creram nele. Inclusive mais tarde, vendo os inúmeros milagre feitos em nome do Jesus Ressuscitado, por mão dos Apóstolos, não acreditaram que Jesus fosse o Messias, Senhor e Deus! Permaneceram obstinados em sua dureza de coração, combatendo e odiando Jesus! Só Deixaram de perseguir o Jesus Ressuscitado e os seus Apóstolos, depois da advertência de Gamaliel, que lhes disse: ‘“Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se esse projeto ou essa atividade é de origem humana, será destruído. Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel. Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus e depois os soltaram”‘ (At 5, 37-40).
Entretanto, caros irmãos, nós não devemos nos posicionar do lado de nenhum destes partidos que se formaram entre o povo judeu. Nós, cristãos e discípulos do Senhor, devemos aderir a Jesus com fé e perseverar firme na nossa esperança, dizendo ao Senhor: “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei? Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo” (Sl 26, 1; 4).
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