Irmãos, 7ficai pois cientes que os que creem é que são verdadeiros filhos de Abraão. 8E a Escritura, prevendo que Deus justificaria as nações pagãs pela fé, anunciou, muito antes, a Abraão: “Em ti serão abençoadas todas as nações”. 9Portanto, os crentes são abençoados com o crente Abraão. 10Aliás, todos os que põem sua confiança na prática da Lei estão ameaçados pela maldição, porque está escrito: “Maldito quem não cumprir perseverantemente tudo o que está escrito no livro da Lei”. 11Pela Lei ninguém se justifica perante Deus; isso é evidente porque o justo vive da fé. 12E a Lei não se funda na fé mas no cumprimento: Aquele que cumpre a Lei, por ela viverá. 13Cristo resgatou-nos da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro!’ 14Assim a bênção de Abraão se estendeu aos pagãos em Cristo Jesus e pela fé recebemos a promessa do Espírito.
Eu agradeço a Deus de todo o coração * junto com todos os seus justos reunidos! 2Que grandiosas são as obras do Senhor, * elas merecem todo o amor e admiração! 3Que beleza e esplendor são os seus feitos! * Sua justiça permanece eternamente! 4O Senhor bom e clemente nos deixou * a lembrança de suas grandes maravilhas. 5Ele dá o alimento aos que o temem * e jamais esquecerá sua Aliança. 6ao seu povo manifesta seu poder, * dando a ele a herança das nações.
Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa. 24Quando o espírito mau sai de um homem, fica vagando em lugares desertos, à procura de repouso; não o encontrando, ele diz: ‘Vou voltar para minha casa de onde saí’. 25Quando ele chega, encontra a casa varrida e arrumada. 26Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele. E, entrando, instalam-se aí. No fim, esse homem fica em condição pior do que antes”.
Caríssimos irmãos e irmãs! Na Liturgia da Palavra de hoje Jesus Cristo nos revelou a sua natureza divina através de diversas obras prodigiosas e sobrenaturais que ele realizou. Na verdade, as três leituras se mostram como um verdadeiro hino de louvor ao Senhor nosso Jesus Cristo, pelas maravilhas que ele realizou!
No Evangelho que nós ouvimos, Jesus mostrou ali uma de suas mais espetaculares e admiráveis obras prodigiosas e sobrenaturais, que era a expulsão de demônios. Em todo caso, ele enfrentava pessoalmente, com toda virilidade e coragem, todos os demônios e os espíritos malignos, a começar pelo próprio príncipe das trevas, o diabo. Ele não tinha nenhum receio de enfrentá-los, e cada vez que os encontrava atormentando alguma pessoa com suas miseráveis possessões, ele os expulsava. Por isso, o Evangelho logo começou, dizendo: “Naquele tempo, Jesus estava expulsando um demônio” (Lc 11, 14). Porém, pessoas perversas e mal-intencionadas, que lá se encontravam, movidas por um falso raciocínio, distorceram tudo, dizendo: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios” (Lc 11, 15). A seguir, Jesus lhes disse: “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa” (Lc 11, 20-23). Portanto, Jesus era este “Homem forte”, portador do “Dedo de Deus”, capaz de despojar, expulsar e derrotar os demônios.
Na Carta de São Paulo aos Gálatas nós vimos Jesus agindo com todos os seus poderes divinos, combatendo e destruindo o pecado. Pois, uma das principais missões de Jesus ao vir a este mundo foi para nos libertar e nos redimir do pecado. Ele era o único que tinha poderes divinos para realizar tal obra, que homem nenhum podia fazer. Por isso, ele era o Redentor de toda a humanidade, capaz de justificá-la de seus pecados, mediante a fé. Como disse Paulo: “Irmãos, ficai pois cientes que os que creem é que são verdadeiros filhos de Abraão. E a Escritura, prevendo que Deus justificaria as nações pagãs pela fé, anunciou, muito antes, a Abraão: “Em ti serão abençoadas todas as nações”. Pela Lei ninguém se justifica perante Deus; isso é evidente porque o justo vive da fé” (Gl 3, 7-8; 11).
Porém, a fé que destrói o pecado e justifica o pecador é aquela fé em Jesus Cristo, o Redentor, como disse Paulo: “Cristo resgatou-nos da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que é suspenso no madeiro!’ Assim a bênção de Abraão se estendeu aos pagãos em Cristo Jesus e pela fé recebemos a promessa do Espírito” (Gl 3, 13-14). Portanto, o maior prodígio que Jesus Cristo realizou no mundo foi, com certeza, a obra portentosa de justificar o pecador, destruindo o pecado, mediante a fé.
Assim sendo, caros irmãos, tendo diante de nossos olhos as maravilhas e os grandes milagres que Jesus realizou, podemos todos juntos aclamá-lo com cantos de louvor, dizendo: “Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração! Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas” (Sl 110, 2-4).
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