Meus irmãos, e minha parte, estou convencido, a vosso respeito, que vós tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu. 16Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo. 17Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, 19por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até à Ilíria, 20tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer eu construir sobre alicerce alheio. 21Agindo desta maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: “Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderão”.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo * alcançaram-lhe a vitória. 2O Senhor fez conhecer a salvação, * e às nações, sua justiça; 3recordou o seu amor sempre fiel * pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram * a salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, * alegrai-vos e exultai!
Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Palavra de Deus, que acabamos de ouvir, nos estimula de todas as formas possíveis a buscarmos a nossa salvação – que vem da graça e do poder de Cristo e do Espírito Santo -, fazendo uso de nossa inteligência, de nossa ciência e de nossas habilidades humanas.
Jesus Cristo, no seu Evangelho, nos lançou uma provocação muito interessante. Ele nos convocou a usar com esperteza e inteligência os bens materiais que estão à nossa disposição, em favor de nossa salvação, assim como os homens desonestos e mundanos são espertos em seus negócios, para se darem bem nesta vida.
Depois de contar a parábola do administrador desonesto, que estava prestes a perder o seu emprego por causa de sua desonestidade, o administrador usou de esperteza e de desonestidade para fazer amigos e servir-se deles para realizar futuros negócios. E Jesus concluiu dizendo: “Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16, 8). E a explicação desta parábola veio na frase seguinte, que dizia: “Eu vos digo, fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que no dia em que ela vos faltar, eles vos receberão nos tabernáculos eternos” (Lc 16, 9). Ou seja, Jesus havia dado a seguinte sugestão: “Dai aos pobres os vossos bens em esmola, e assim tereis os pobres como os vossos amigos no Reino dos Céus, que vos auxiliarão na vossa salvação”!
São Paulo, caros irmãos, fez uso de toda a sua sagacidade e inteligência para exercer bem o seu ministério, e assim, conquistar o maior número de pessoas à salvação. E ele disse que sempre procurou ensinar o seu Evangelho, mantendo a sua pregação somente naquilo que era essencial e fundamental para a salvação, anunciando o Cristo Senhor e Salvador, dizendo: “Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite santificada no Espírito Santo. Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: Não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até à Ilíria” (Rm 15, 16-19).
Desta forma, todos nós, cristãos católicos, podemos cantar o salmo, dizendo: “O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel, pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus” (Sl 97, 2-3).
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