Isto diz o Senhor, o teu libertador, o Santo de Israel: “Eu, o Senhor teu Deus, te ensino coisas úteis, te conduzo pelo caminho em que andas. 18Ah, se tivesses observado os meus mandamentos! Tua paz teria sido como um rio e tua justiça como as ondas do mar; 19tua descendência seria como a areia do mar e os filhos do teu ventre como os grãos de areia; este nome não teria desaparecido nem teria sido cancelado de minha presença”.
1Feliz é todo aquele que não anda* conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados,* nem junto aos zombadores vai sentar-se; 2mas encontra seu prazer na lei de Deus* e a medita, dia e noite, sem cessar. 5Mas bem outra é a sorte dos perversos. † Ao contrário, são iguais à palha seca* espalhada e dispersada pelo vento. 6Pois Deus vigia o caminho dos eleitos,* mas a estrada dos malvados leva à morte.
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 16″Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’ 18Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos mostra que grande parte dos homens reagem de forma negativa diante da Boa-Nova do Evangelho de Jesus. Embora isto possa parecer estranho e incompreensível, pois o Evangelho do Senhor é repleto de bondade e de boas promessas, mas muitos se mostram avessos a ele – sobretudo os maus -, tratando-o com indiferença ou com hostilidade.
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus fez uma avalição muito triste sobre o modo apático e indiferente das pessoas em receberem o seu Evangelho. Desta vez Jesus não reclamava apenas dos seus inimigos e opositores, que eram os escribas e fariseus. Agora, naquele momento, Jesus estava desapontado com a reação negativa dos judeus, percebendo que o problema era bem maior. Pois as multidões estavam demonstrando uma indiferença esquisita, que não se manifestava apenas numa apatia generalizada, mas também numa flagrante antipatia, que as fazia rejeitar de forma hostil o Evangelho e a pessoa de Jesus Cristo.
As pessoas demonstravam uma resistência enorme em aceitar e acolher a sua palavra. Por isso, em tom de desabafo, Jesus disse: “Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: ‘Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!’ Veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Ele está com um demônio’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores’. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras” (Mt 11, 16-19).
Com efeito, Jesus demonstrou que ficara muito angustiado com esta atitude tão esquisita das pessoas diante da sua pregação. Pois, o seu anúncio era, na verdade, tão suave e atraente, tão repleto de sabedoria, que lhes transmitia um conhecimento tão útil e necessário para a vida e para a salvação deles. Nada justificava esta reação tão estranha! Como dissera o profeta Isaías, falando a respeito do Evangelho de Jesus: “Isto diz o Senhor, o teu libertador, o Santo de Israel: “Eu, o Senhor teu Deus, te ensino coisas úteis, te conduzo pelo caminho em que andas. Ah, se tivesses observado os meus mandamentos! Tua paz teria sido como um rio e tua justiça como as ondas do mar” (Is 48, 17-18).
Além disso, o seu Evangelho – conforme Davi já havia profetizado – propunha a todas as pessoas um estilo de vida que as conduziria à felicidade; e as advertia a não se desviarem pelos caminhos perversos e tenebrosos da infelicidade. Pois, ” é feliz todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar. Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte” (Sl 1, 1-6).
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