Irmãos, 1é voz geral que está acontecendo, entre vós, um caso de imoralidade; e de imoralidade tal que nem entre os pagãos costuma acontecer: um dentre vós está convivendo com a própria madrasta. 2No entanto, estais inchados de orgulho, ao invés de vestirdes luto, a fim de que fosse tirado do meio de vós aquele que assim procede? 3Pois bem, embora ausente de corpo, mas presente em espírito, eu julguei, como se estivesse aí entre vós, esse tal que tem procedido assim: 4Em nome do Senhor Jesus – estando vós e eu espiritualmente reunidos com o poder do Senhor nosso, Jesus – 5entregamos tal homem a Satanás, para a ruína da carne, a fim de que o espírito seja salvo, no dia do Senhor. 6Vós vos gloriais sem razão! Acaso ignorais que um pouco de fermento leveda a massa toda? 7Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma massa nova, já que deveis ser sem fermento. Pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. 8Assim, celebremos a festa, não com velho fermento, nem com fermento de maldade ou de perversidade, mas com os pães ázimos de pureza e de verdade.
Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, * não pode o mau morar convosco; 6nem os ímpios poderão permanecer * perante os vossos olhos. 7Detestais o que pratica a iniquidade * e destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, * o perverso e enganador. 12Mas exulte de alegria todo aquele * que em vós se refugia; sob a vossa proteção se regozijem, * os que amam vosso nome
Aconteceu num dia de sábado 6que Jesus entrou na sinagoga, e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. 7Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para verem se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. 8Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio”. Ele se levantou, e ficou de pé. 9Disse-lhes Jesus: “Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” 10Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão.” O homem assim o fez e sua mão ficou curada. 11Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje afirma com todas as letras que nem na Igreja e nem no coração dos fiéis cristãos deve perseverar o pecado. Ela nos exorta a não condescendermos com o pecado e nem devemos tratar as iniquidades que são cometidas em nosso meio, com leniência e aprovação.
Pois, caros irmãos, foi o próprio Deus quem nos estimulou a termos uma atitude de total desaprovação e de um enérgico combate ao pecado, tanto em nós mesmos, quanto em nossas Igrejas. Nada existe neste mundo que mais desagrada a Deus do que os nossos pecados e as nossas iniquidade, como disse o profeta: “Não sois um Deus a quem agrade a iniquidade, não pode o mau morar convosco; nem os ímpios poderão permanecer perante os vossos olhos. Detestais o que pratica a iniquidade e destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, o perverso e enganador” (Sl 5, 5-7).
Uma vez tendo isto presente, entenderemos a indignação de Jesus e a aversão que lhe causou aquele comportamento infame e desprezível dos mestres da Lei e dos fariseus. Pois, quando a iniquidade vem encoberta por uma falsa e hipócrita defesa dos mandamentos de Deus, ela se torna ainda mais vil e repugnante. E foi isso que aconteceu, na sinagoga de Cafarnaum, num dia de sábado, como narrou o evangelista Lucas, dizendo: “Aí havia um homem cuja mão direita era seca. Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para verem se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio”. Ele se levantou, e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: “Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão.” O homem assim o fez e sua mão ficou curada” (Lc 6, 6-10).
Desta forma a caridade de Jesus e o milagre que ele realizou tornaram-se pretexto para os malvados expressarem toda a sua iniquidade. Pois, naquele momento, os fariseus e mestres da Lei, por meio de sua inveja, ódio e raiva, manifestaram toda a iniquidade de seus corações. Por isso, “eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus” (Lc 6, 11).
São Paulo, na Carta aos Corintos, foi levado a ter que afrontar alguns problemas e pecados que estavam aparecendo naquela comunidade. E ele percebeu que alguns pecados que pareciam ser de menor grau ofensivo, eram tratados com certa leniência e complacência. No entanto, o pecado da fornicação não podia ser visto como um pecado leve, que não produzisse efeitos nocivos à consciência cristã, e que não criasse sérios empecilhos à salvação. Muito ao contrário, o pecado da fornicação – de qualquer forma que ele fosse cometido – era um pecado grave, com consequências nefastas para salvação. Portanto, era necessário que o fiel cristão se arrependesse de tal pecado e não voltasse a cometê-lo. Por isso, disse Paulo: “É voz geral que está acontecendo, entre vós, um caso de imoralidade; e de imoralidade tal que nem entre os pagãos costuma acontecer: um dentre vós está convivendo com a própria madrasta. Pois bem, Em nome do Senhor Jesus – estando vós e eu espiritualmente reunidos com o poder do Senhor nosso, Jesus – entregamos tal homem a Satanás, para a ruína da carne, a fim de que o espírito seja salvo, no dia do Senhor” (1Cor 5, 1; 4-5).
No final, São Paulo, justificou a sua atitude diante do pecado da fornicação, com a seguinte explicação doutrinal e teológica: “Acaso ignorais que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma massa nova, já que deveis ser sem fermento. Pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. Assim, celebremos a festa, não com velho fermento, nem com fermento de maldade ou de perversidade, mas com os pães ázimos de pureza e de verdade” (1Cor 5, 6-8).
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