Depois que Jesus subiu ao céu, 12os apóstolos voltaram para Jerusalém, vindo do monte das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, a mais ou menos um quilômetro. 13Entraram na cidade e subiram para a sala de cima, onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. 14Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus.
A minh’alma engrandece ao Senhor, * 47e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, 48pois, ele viu a pequenez de sua serva, * desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. 49O Poderoso fez por mim maravilhas * e Santo é o seu nome! 50Seu amor, de geração em geração, * chega a todos que o respeitam. 51Demonstrou o poder de seu braço, * dispersou os orgulhosos. 52Derrubou os poderosos de seus tronos * e os humildes exaltou. 53De bens saciou os famintos * e despediu, sem nada, os ricos. 54Acolheu Israel, seu servidor, * fiel ao seu amor, 55como havia prometido aos nossos pais, * em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos leva a render a Deus e à Virgem Maria a graça de nos ter dado o místico e santo Rosário. Por isso, celebramos a memória da Bem-aventurada Virgem Maria do Santo Rosário!
Em 1214, São Domingos de Gusmão, estando na catedral de Toulouse, na França, encontrou-se com a Virgem Maria numa visão, na qual ele recebeu das mãos de Nossa Senhora um rosário, dizendo as seguintes palavras: “Sabes tu, meu querido Domingos, de que arma se serviu a Santíssima Trindade para reformar o mundo? – Ó Senhora! – respondeu ele, – Vós o sabeis melhor que eu, porque depois de vosso Filho, Jesus Cristo fostes o principal instrumento de nossa Salvação. Então, respondeu-lhe Maria Santíssima: Sabei que a peça principal da bateria foi a saudação angélica que é o fundamento do Novo Testamento; e, portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza o meu saltério”.
Logo depois desta aparição, São Domingos se tornou o grande propagador dessa devoção mariana; e a Igreja Católica lhe conferiu o título de “Apóstolo do Santo Rosário”. E em 1573 o papa Gregório XIII criou a festa litúrgica do Santo Rosário, sob o título de Nossa Senhor do Rosário. Desde então, a oração do Rosário tornou-se muito popular, recomendada por muitos papas.
No Livro dos Atos dos Apóstolos nós vimos a Santíssima Virgem Maria reunida com os apóstolos, no Cenáculo. Ali, como disse Lucas: “Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus” (At 1, 14). Deste modo, todos aqueles que estavam ali no Cenáculo traziam vivamente na memória o Cristo ressuscitado, que acabara de se elevar aos céus, diante de seus olhos. Todos, com muita fé e alegria, elevavam a Deus as suas orações; e, de tempo-em-tempo, em meio às orações, recordavam-se de Jesus Cristo, de seus milagres e de suas palavras.
Maria, repleta do Espírito Santo, elevava a Deus as suas orações, dizendo: “A minh’alma engrandece ao Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador, pois, ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome! Seu amor, de geração em geração, chega a todos que o respeitam” (Lc 1, 46-50).
Naqueles dias, em meio às orações, a Virgem Maria recordava aos apóstolos e aos outros discípulos que estavam no Cenáculo, aqueles primeiros tempos da vida de Jesus, quando apareceu-lhe o Anjo Gabriel. E explicando-lhes os mistérios da Encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo, Maria lhes recordava as palavras do Anjo, que lhe dissera: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo! Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim. O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus” (Lc 1, 28-34).
Ali, no Cenáculo, Maria recordava aquela saudação angélica que é o fundamento do Novo Testamento. E assim, caros irmãs, estas palavras sobre a Encarnação de Jesus, testemunhadas pela Virgem Maria, se tornaram aquela oração da “Ave Maria” que se repete 150 vezes durante a recitação do Rosário. E, enquanto se recita tal oração, somos levados a meditar os mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo!
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