Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. 2Germine e exulte de alegria e louvores. Foi-lhe dada a glória do Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron; seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. 3Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. 4Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”. 5Então se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. 6O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos, assim como brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. 8Ali haverá uma vereda e um caminho; o caminho se chamará estrada santa: por ela não passará o impuro; mas será uma estrada reta em que até os débeis não se perderão. 10os que o Senhor salvou, voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos: cheios de gozo e contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto”.
9Quero ouvir o que o Senhor irá falar:* é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos,* para os que voltam ao Senhor seu coração. 10Está perto a salvação dos que o temem,* e a glória habitará em nossa terra. 11A verdade e o amor se encontrarão,* a justiça e a paz se abraçarão; 12da terra brotará a fidelidade,* e a justiça olhará dos altos céus.
17Um dia Jesus estava ensinando. E à sua volta estavam sentados fariseus e doutores da Lei, vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém. E a virtude do Senhor o levava a curar. 18Uns homens traziam um paralítico num leito e procuravam fazê-lo entrar para apresentá-lo. 19Mas, não achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram ao telhado e por entre as telhas o desceram com o leito no meio da assembleia diante de Jesus. 20Vendo-lhes a fé, ele disse: “Homem, teus pecados estão perdoados”. 21Os escribas e fariseus começaram a murmurar, dizendo: “Quem é este que assim blasfema? Quem pode perdoar os pecados senão Deus? 22Conhecendo-lhes os pensamentos, Jesus respondeu, dizendo: “Por que murmurais em vossos corações? 23O que é mais fácil dizer: ‘teus pecados estão perdoados’, ou dizer: levanta-te e anda’? 24Pois, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar os pecados – disse ao paralítico – eu te digo: levanta-te, pega o leito e vai para casa’ “. 25Imediatamente, diante deles, ele se levantou, tomou o leito e foi para casa, louvando a Deus. 26Todos ficaram fora de si, glorificavam a Deus e cheios de temor diziam: “Hoje vimos coisas maravilhosas!”
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo Senhor! A Liturgia da Palavra nos fala de muitos modos como Jesus Cristo foi realmente o Messias enviado por Deus. Ele foi profetizado pelos antigos profetas e realizou obras prodigiosas que somente Deus poderia realizar.
O profeta Isaías, iluminado pelo Espírito Santo, conseguiu ver certas coisas e certas realidades a respeito de Jesus Cristo que os próprios apóstolos e evangelistas não perceberam. O Profeta enxergava, além dos fatos concretos, certas realidades espirituais que, propriamente, escapavam à percepção daqueles que estavam na presença de Cristo.
Deste modo, ele percebeu o quanto Deus havia derramado suas bênçãos e graças sobre aquele povo, que fora agraciado pela presença do Messias e Senhor. O Profeta proclamava, dizendo: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável. Germine e exulte de alegria e louvores. Os seus habitantes verão a glória do Senhor, a majestade do nosso Deus. Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para vos salvar”.” (Is 35, 1-4).
E ele afirmava que o Messias, quando estiver no meio do povo, haveria de realizar inúmeros prodígios, tanto espirituais quanto corporais, para reanimar e salvar as pessoas. Então, naqueles dias, dizia o profeta, “se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos. O coxo saltará como um cervo e se desatará a língua dos mudos, assim como brotarão águas no deserto e jorrarão torrentes no ermo. Ali haverá uma vereda e um caminho; o caminho se chamará estrada santa: por ela não passará o impuro; mas será uma estrada reta em que até os débeis não se perderão. Os que o Senhor salvou, voltarão para casa. Eles virão a Sião cantando louvores, com infinita alegria brilhando em seus rostos: cheios de gozo e contentamento, não mais conhecerão a dor e o pranto” (Is 35, 5-11).
E naquele dia quando o Senhor e Salvador vier, dizia o profeta, todos ouvirão de sua boca palavras muito amáveis, sábias e repletas de paz e bondade. Pois, quando o Messias vier todos os homens receberão uma mensagem de salvação e de vida, como anunciou o profeta, dizendo: “Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra. A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão” (Sl 84, 9-11).
No Evangelho que acabamos de ouvir, caros irmãos, nós vimos que multidões se reuniam em torno de Jesus, atraídas pela sua fama, vindos de todas as regiões da Galileia, da Judeia e de Jerusalém. Jesus, com o firme propósito de revelar-lhes a sua condição divina, enquanto Messias e Senhor, realizou o milagre da cura do paralítico, concedendo-lhe, além disso, o perdão dos pecados. Por isso, Jesus disse à multidão de pessoas que ali estava diante dele: “Pois, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder de perdoar os pecados – disse ao paralítico – eu te digo: levanta-te, pega o leito e vai para casa’ “. Imediatamente, diante deles, ele se levantou, tomou o leito e foi para casa, louvando a Deus. Todos ficaram fora de si, glorificavam a Deus e cheios de temor diziam: “Hoje vimos coisas maravilhosas!” (Lc 5, 24-26).
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