2Naquele dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória, e o fruto da terra será de grande alegria para os sobreviventes de Israel. 3Então, os que forem deixados em Sião, os sobreviventes de Jerusalém, serão chamados santos, a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém. 4Quando o Senhor tiver lavado as imundícies das filhas de Sião, e limpado as manchas de sangue dentro de Jerusalém, com espírito de justiça e de purificação, 5ele criará em todo lugar do monte Sião e em suas assembleias uma nuvem durante o dia, e fumaça e clarão de chamas durante a noite: e será proteção para toda a sua glória, 6uma tenda para dar sombra contra o calor do dia, abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva.
Que alegria, quando ouvi que me disseram: * “Vamos à casa Senhor!” 2E agora nossos pés já se detêm, * Jerusalém, em tuas portas. 3Jerusalém, cidade bem edificada * num conjunto harmonioso; 4a para lá sobem as tribos de Israel, * as tribos do Senhor. Pelo amor que tenho à casa do Senhor,* eu te desejo todo bem!
Ó vinde libertar-nos, Senhor e nosso Deus; mostrai a vossa face e nós seremos salvos!
Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um : ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos convoca a voltar os nossos olhos para o alto e empreender com confiança nossa caminhada rumo à Jerusalém Celeste, que é o Reino de Deus! Além disto, ela nos diz que todos aqueles que forem purificados e justificados de seus pecados, mediante a fé em Jesus Cristo, entrarão no Reino dos Céus, que é a Nova Jerusalém, a cidade santa. Por isso, com uma certa ansiedade e repletos de esperança digamos ao Senhor: “Ó vinde libertar-nos, Senhor e nosso Deus; mostrai a vossa face e nós seremos salvos” (Sl 79, 4)!
Jesus declarou no Evangelho que acabamos de ouvir que todo aquele que aderir a ele com humildade e fé haverá de ser justificado e alcançará a salvação eterna. E, assim, entrará no Reino dos céus, se perseverar na santidade até o fim. Quer seja judeu ou pagão, homem ou mulher! Pois, esta cidade celeste acolhe gente vinda de todos os quadrantes do mundo, desde que acredite em Jesus Cristo e siga os preceitos de seu Evangelho. Portanto, todos aqueles que acreditarem em Jesus Cristo, com uma fé semelhante a do Oficial Romano, descrito no Evangelho que ouvimos, serão acolhidos por Cristo no banquete da Jerusalém Celeste, como ele mesmo declarou: “Muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó” (Mt 8, 11). Pois, Jesus Cristo, anunciando o seu Evangelho, convocava todas as pessoas que aceitavam a sua Palavra com fé e humildade, a compartilhar com ele e com os santos patriarcas daquele banquete no Reino dos Céus. Esta mensagem de esperança estava no centro da mensagem evangélica de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Ou ainda, conforme o testemunho profético de Isaías, ao falar a respeito de Sião, a cidade santa, ele dizia que o Senhor haveria de fazer ali a sua morada. E haveria de acolher dentro dela todos os justos e os santos que foram por ele justificados e purificados, dizendo: “Naquele dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória, e o fruto da terra será de grande alegria para os sobreviventes de Israel. Então, os que forem deixados em Sião, os sobreviventes de Jerusalém, serão chamados santos, a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém” (Is 4, 2-3).
Com efeito, aqueles que tiverem fé verdadeira e sincera, semelhante àquela fé do Oficial Romano, poderão cantar, junto com o salmista, louvando a Deus pela feliz esperança de entrar na Casa do Senhor, dizendo: “Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas. Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem” (Sl 121, 1-4)!
WhatsApp us