Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não estraga, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus. 5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. 7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo. 8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.
Eu agradeço a Deus de todo o coração * junto com todos os seus justos reunidos! 2Que grandiosas são as obras do Senhor, * elas merecem todo o amor e admiração! 5Ele dá o alimento aos que o temem * e jamais esquecerá sua Aliança. 6Ao seu povo manifesta seu poder, * dando a ele a herança das nações. 9Enviou libertação para o seu povo, * confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. 10cPermaneça eternamente o seu louvor.
Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” 20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Palavra de Deus que acabamos de ouvir nos ensina o caminho da vida eterna e da salvação! As três leituras da Sagrada Escritura que ouvimos nos dão uma resposta à nossa grande interrogação de nossa vida aqui neste mundo: O quê devo fazer para alcançar a salvação e a vida eterna?
Esta expectativa por um reino futuro e eterno junto de Deus, para o justo e para aqueles que eram fiéis a Deus em seus mandamentos, era algo que os Profetas e o Salmos já vinham apregoado a muito tempo em Israel. Os Judeus, desde o exílio na Babilônia, vinham desenvolvendo uma crença num reino messiânico e eterno, no qual já estavam vivendo os Patriarcas e todos os justo, junto de Deus. Por isso, diziam em suas orações: “Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações. Enviou libertação para o seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor” (Sl 110, 1; 6; 9-10).
O jovem rico que veio ao encontro de Jesus para perguntar-lhe a respeito de sua salvação eterna demonstrou que Jesus tinha já despertado no povo a curiosidade e a expectativa de uma salvação e de uma vida após a morte, junto de Deus. A mensagem salvífica do Evangelho de Cristo já estava produzindo os seus efeitos. As pessoas começaram a entender que a mensagem evangélica de Cristo era uma convocação à salvação na vida eterna. Muitos já se sentiam motivados a buscar este Reino dos céus.
Desta forma, certo dia “veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna” (Mc 10, 17)? E em resposta Jesus o Lembra os Dez Mandamentos da Leis de Deus, dando a entender que o cumprimento dos mandamentos, abria-lhe as portas do Reino do Céus, dizendo: “Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude” (Mc 10, 19-20).
Portanto, Jesus anunciava a Boa-Nova da salvação do Reino dos céus, deixando bem claro a todos, sobretudo aos seus discípulos e ao jovem rico, que as portas do Reino dos céus estariam abertas àqueles que estivessem sem pecado grave, guardando-se na justiça, praticando os Dez mandamentos da Lei de Deus.
São Pedro por sua vez, confirmou esta doutrina da esperança na vida eterna, anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus aos cristãos de todo o mundo, dizendo com todo entusiasmo e confiança: “Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, que não estraga, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus” (Pd 1, 3-4).
Com isto, São Pedro garantia aos seus ouvintes que esta era a mensagem mais importante do seu Evangelho. Ela era motivo de grande alegria, mesmo passando por adversidades e provações. Ela era uma promessa certa e segura àqueles que perseverassem até o fim. A salvação na bem-aventurança eterna era o melhor bem que Deus podia lhes oferecer, como uma herança a ser conquistada depois da morte. Pois, “graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. Isto é motivo de alegria para vós. Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação” (Pd 1, 5-9).
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