Irmãos, 15Cristo é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna. 24Jesus não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. 25E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo sacerdote que, cada ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo,* porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo* alcançaram-lhe a vitória. 2O Senhor fez conhecer a salvação,* e às nações, sua justiça; 3recordou o seu amor sempre fiel* pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram* a salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai* 5Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa* e da cítara suave! 6Aclamai, com os clarins e as trombetas,* ao Senhor, o nosso Rei!
Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis.
Naquele tempo, 22os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Beelzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se Satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno”. 30Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos revela alguns aspectos do misterioso plano divino de salvação, demonstrando que Jesus veio a este mundo para combater o Maligno e libertar-nos do pecado, dando-nos, assim, a salvação! Como disse o Apóstolo: “Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar pelo evangelho a luz e a vida imperecíveis” (2Tm 1, 10).
Conforme o Plano Divino de Salvação, Jesus devia combater arduamente o Maligno, que habitava neste mundo dos homens; bem como, ele devia libertar os homens do pecado, de todo mal, e da morte. Entretanto, o combate contra o Maligno fora uma das principais incumbências de Cristo, visto que ele, e somente ele, era dotado de todos os meios para enfrentá-lo e, sobretudo, ele era a única criatura neste mundo capaz de derrotá-lo, expulsá-lo deste mundo e exterminá-lo para sempre. Jesus Cristo era dotado de poderes divinos – por participar da natureza divina do Filho de Deus -, para enfrentar o Príncipe deste mundo e, junto com ele, toda a legião de demônios que infestam este mundo.
Era evidente, caros irmãos, que Jesus havia realizado um prodígio admirável, ao ter expulsado um demônio. Porém, os mestres da Lei e os fariseus, movidos por ódio e inveja de Jesus, distorceram completamente as coisas, de uma forma perversa e maligna, pois “os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Beelzebu, e que pelo príncipe dos demônios ele expulsava os demônios” (Mc 3, 22). Em resposta a este raciocínio falso e perverso, Jesus disse: “Como é que Satanás pode expulsar a Satanás? Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se” (Mc 3, 23-24). E repreendendo-os por tamanha insolência e blasfêmia, difamando propositalmente o Espírito Santo, confundindo-o com o espírito maligno, Jesus disse: “Em verdade vos digo: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados, como qualquer blasfêmia que tiverem dito. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno”. Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau” (Mc 3, 28-30).
Este nosso Senhor Jesus Cristo, além de nos defender contra o maligno, nos libertou do pecado e da morte, como nos disse o Apóstolo: “Cristo é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam” (Hb 9, 15; 26-28).
Contemplando estas obras tão extraordinárias que Jesus Cristo realizou em nosso favor, devemos aclamá-lo, cantando: “O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai” (Sl 97, 2-4).
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