Como são belos, andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação, e diz a Sião: “Reina teu Deus!” 8Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião. 9Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. 10O Senhor desnudou seu santo braço aos olhos de todas as nações; todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo * alcançaram-lhe a vitória. 2O Senhor fez conhecer a salvação, * e às nações, sua justiça; 3recordou o seu amor sempre fiel * pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram * a salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, * alegrai-vos e exultai! 5Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa * e da cítara suave! 6Aclamai, com os clarins e as trombetas, * ao Senhor, o nosso Rei!
Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo. Este é o esplendor da glória do Pai, 3a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, ele sentou-se à direita da majestade divina, nas alturas. 4Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles. 5De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho?” 6Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo!”
Despontou o santo dia para nós: Ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, porque hoje grande luz brilhou na terra!
No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.
Caríssimos irmãos e irmãs! Feliz Natal a todos! A liturgia da Palavra deste solene dia de Natal do Senhor nos coloca diante do Presépio de Belém; para que apreciemos com os olhos da fé as maravilhas e a glória do Senhor, manifestadas naquele menino deitado na manjedoura. “Eis que despontou o santo dia para nós: Ó nações, vinde adorar o Senhor Deus, porque hoje grande luz brilhou na terra” (Acl. ao Ev.)!
Por isso, a Liturgia da Palavra vai nos apresentar o testemunho dos profetas e do Evangelista São João, que viram de longe com os olhos da fé, aqueles acontecimentos espirituais, que manifestaram a glória divina naquele menino que nasceu em Belém! Pois, hoje nasceu para nós o Salvador! Vinde! Adoremos!
São João, na introdução de seu Evangelho, elevou um hino de louvor e adoração ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho de Deus, que nasceu da Virgem Maria, dizendo: “E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça” (Jo 1, 14-16).
São Paulo, falando aos cristão da Judeia e de Jerusalém, deu-lhes um poderoso testemunho a respeito de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, professando a sua fé na divindade e na glória do Filho de Deus, que se manifestou na pessoa humana de Cristo, dizendo: “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do Filho, a quem ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também ele criou o universo. Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra” (Hb 1, 1-3). E, uma vez tendo dito isto, ele concluiu confirmando a sua fé, afirmando que aquele menino que nascera em Belém, trazia dentro de si a divindade do Filho de Deus. Deste modo, todos, anjos e homens, devem adorá-lo, dizendo: “Ele foi colocado tanto acima dos anjos quanto o nome que ele herdou supera o nome deles. De fato, a qual dos anjos Deus disse alguma vez: “Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei?” Ou ainda: “Eu serei para ele um Pai e ele será para mim um filho?” Mas, quando faz entrar o Primogênito no mundo, Deus diz: “Todos os anjos devem adorá-lo” (Hb 1, 4-6)!
O profeta Isaías disse que os anjos e os pastores, que viram a glória de Deus naquele menino que acabara de nascer em Belém, o reconheceram como o Salvador de Israel, saíam, então, anunciando: “Reina teu Deus!” Ouve-se a voz de teus vigias, eles levantam a voz, estão exultantes de alegria, sabem que verão com os próprios olhos o Senhor voltar a Sião. Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo, ó ruínas de Jerusalém, o Senhor consolou seu povo e resgatou Jerusalém. Todos os confins da terra hão de ver a salvação que vem do nosso Deus” (Is 62, 8-10).
E todos nós podemos, junto com os anjos e com os pastores, aclamar o Menino Jesus, dizendo: “O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai” (Sl 97, 2-4)!
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