Eis o que diz a noiva: 1“Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. 2Vou levantar-me e percorrer a cidade, procurando pelas ruas e praças, o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. 3Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade. ‘Vistes porventura o amor de minha vida?’ 4aE logo que passei por eles, encontrei o amor de minha vida”.
Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! * Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, † minha carne também vos deseja, * como terra sedenta e sem água! 3Venho, assim, contemplar-vos no templo, * para ver vossa glória e poder. 4Vosso amor vale mais do que a vida: * e por isso meus lábios vos louvam. 5Quero, pois vos louvar pela vida, * e elevar para vós minhas mãos! 6A minh’alma será saciada, * como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios, * ao cantar para vós meu louvor! 8Para mim fostes sempre um socorro; * de vossas asas à sombra eu exulto! 9Minha alma se agarra em vós; * com poder vossa mão me sustenta.
Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! * Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, † minha carne também vos deseja, * como terra sedenta e sem água! 3Venho, assim, contemplar-vos no templo, * para ver vossa glória e poder. 4Vosso amor vale mais do que a vida: * e por isso meus lábios vos louvam. 5Quero, pois vos louvar pela vida, * e elevar para vós minhas mãos! 6A minh’alma será saciada, * como em grande banquete de festa; cantará a alegria em meus lábios, * ao cantar para vós meu louvor! 8Para mim fostes sempre um socorro; * de vossas asas à sombra eu exulto! 9Minha alma se agarra em vós; * com poder vossa mão me sustenta.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”. 16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabunni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje celebra a festa de Santa Maria Madalena, que foi discípula de Jesus e teve a graça de estar ao seu lado na sua paixão e morte de cruz. E, além disto, ela foi uma das primeiras a ver o Cristo ressuscitado! Desta forma ela se tornou, ao lado dos apóstolos, uma das santas mulheres que deram um importante testemunho de fé e de amor a Cristo, no início da Igreja.
Maria de Mágdala, que posteriormente passou a ser chamada Maria Madalena, desempenhou um papel importante na vida pública de Jesus, ao ponto de ser mencionada em quase todos os evangelhos. São Lucas dizia no seu Evangelho que Maria Madalena fazia parte daquele grupo de mulheres que acompanhavam Jesus, e da qual tinham sido expulsos sete demônios (Cfr Lc 8, 12). Posteriormente, a tradição passou a atribuir-lhe a condição de pecadora e prostituta, antes de se converter, fazendo uma certa confusão com uma outra Maria. Porém, esta interpretação distorcida de sua conduta de vida foi definitivamente corrigida pelo Papa São Paulo VI, na sua reforma litúrgica.
Esta sua proximidade tão grande com Jesus, fez dela uma figura emblemática da mulher cristã e fiel, que se entregou de corpo e alma ao Senhor Jesus; como virgem pura que se entregou ao seu bem-amado, Jesus Cristo. Mesmo que ela tivesse sido pecadora, prostituta ou a tivessem possuído sete demônios, entretanto, depois de sua conversão e tendo recebido o perdão de seus pecados, Maria Madalena havia recuperado por completo a sua integridade e santidade. E, por conseguinte, tendo amado o Senhor Jesus de todo coração; encontrando-o vivo e ressuscitado, era justo atribuir-lhe as seguintes palavras: “Eis o que diz a noiva: “Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade, procurando pelas ruas e praças, o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei. Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade. ‘Vistes porventura o amor de minha vida?’ E logo que passei por eles, encontrei o amor de minha vida” (Cnt 3, 1-4).
No Evangelho de São João ela aparece sobretudo nos eventos da Ressurreição de Jesus, sendo nomeada como aquela que teve a graça de ser a primeira testemunha do Senhor Ressuscitado, como disse São João: “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram” (Jo 20, 1-2).
E, logo a seguir, João fez um relato bem detalhado do primeiro encontro de Maria Madalena com Jesus Ressuscitado, nas imediações do sepulcro. Conforme as palavras João: “Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”. Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou, em hebraico: “Rabunni” (que quer dizer: Mestre). Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!”, e contou o que Jesus lhe tinha dito” (Jo 20, 14-18).
Enfim, cantemos todos nós os louvores do Senhor Vivo e Ressuscitado, unindo nossa voz à voz de Santa Maria Madalena, para juntos aclamarmos o Senhor, dizendo: “Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde a aurora ansioso vos busco! A minh’alma tem sede de vós, minha carne também vos deseja, como terra sedenta e sem água! Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor vale mais do que a vida: e por isso meus lábios vos louvam” (Sl 62, 2-4)!
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