Assim fala o Senhor: 17“Eis que eu criarei novos céus e nova terra, coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais à memória. 18Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim em razão das coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo cheio de alegria. 19Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor. 20Ali não haverá crianças condenadas a poucos dias de vida nem anciãos que não completem seus dias. Será considerado jovem quem morrer aos cem anos; e quem não alcançar cem anos, passará por maldito. 21Construirão casas para nelas morar, plantarão vinhas para comer seus frutos”. cem anos, passará por maldito. Construirão casas para nelas morar, plantarão vinhas para comer seus frutos”.
Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes,* e não deixastes rir de mim meus inimigos! 4Vós tirastes minha alma dos abismos* e me salvastes, quando estava já morrendo! 5Cantai salmos ao Senhor, povo fiel,* dai-lhe graças e invocai seu santo nome! 6Pois sua ira dura apenas um momento,* mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos,* de manhã vem saudar-nos a alegria. 11Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade!* Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! 12Transformastes o meu pranto em uma festa,* 13Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!
Naquele tempo, 43Jesus partiu da Samaria para a Galileia. 44O próprio Jesus tinha declarado, que um profeta não é honrado na sua própria terra. 45Quando então chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, porque tinham visto tudo o que Jesus havia feito em Jerusalém, durante a festa. Pois também eles tinham ido à festa. 46Assim, Jesus voltou para Caná da Galileia, onde havia transformado a água em vinho. Havia em Cafarnaum um funcionário do rei que tinha um filho doente. 47Ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo. 48Jesus disse-lhe: “Se não virdes sinais e prodígios, não acreditais”. 49O funcionário do rei disse: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” 50Jesus lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. O homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora. 51Enquanto descia para Cafarnaum, seus empregados foram ao seu encontro, dizendo que o seu filho estava vivo. 52O funcionário perguntou a que horas o menino tinha melhorado. Eles responderam: “A febre desapareceu, ontem, pela uma da tarde”. 53O pai verificou que tinha sido exatamente na mesma hora em que Jesus lhe havia dito: “Teu filho está vivo”. Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família. 54Esse foi o segundo sinal de Jesus. Realizou-o quando voltou da Judeia para a Galileia.
Caríssimos irmãos, discípulos de Cristo! No Evangelho que ouvimos, um certo homem, identificado como um funcionário do rei e morador da cidade de Cafarnaum, deu-nos um belo testemunho de conversão e de fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
O Evangelista João deixou-nos entrever que ele seria um homem de fé e que acreditava em Deus, pois, depois de ter buscado todos os recursos da medicina, para curar seu filho, – que estava gravemente enfermo – procurou a Deus! Em meio às suas orações lembrou-se de Jesus Cristo, que havia, certamente, conhecido em Cafarnaum, que tinha a fama de ser um homem de Deus, que realizava prodígios, curas e milagres. Diante desta grande aflição, de ver o seu filho gravemente doente, em perigo de morte, lembrou-se de Jesus. Este homem acreditava que Jesus Cristo, certamente, poderia alcançar de Deus este milagre, curando o seu filho. Movido por esta fé e confiança em Deus e nos poderes de Cristo, foi-lhe pedir socorro! “Ele ouviu dizer que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia. Ele saiu ao seu encontro e pediu-lhe que fosse a Cafarnaum curar seu filho, que estava morrendo” (Jo 4, 46-47). Jesus, embora percebesse a sua fé, quis saber se ele estava lhe pedindo esta graça da cura, pelo simples desejo de ver sinais extraordinários, ou por motivo autêntico de fé. Como o homem demonstrasse claramente que estava angustiado e clamava a Deus por socorro, acreditando que Jesus poderia curar o seu filho, insistiu dizendo: “Senhor, desce, antes que meu filho morra!” (Jo 4, 49). Jesus, percebendo a sua fé, lhe disse: “Podes ir, teu filho está vivo”. Ouvindo isto, o homem acreditou na palavra de Jesus e foi embora” cheio de confiança de que seu filho seria salvo (Cf. Jo 4 , 49-50). E, antes de chegar em casa lhe avisaram que o seu filho estava curado, e que o milagre acontecera no momento exato em que Jesus dissera: “Podes ir, teu filho está vivo” (Jo 4, 49). Uma vez tendo verificado o milagre da cura de seu filho, o funcionário do rei, cheio de fé e confiança em Deus, acreditou nos poderes divinos de nosso Senhor Jesus Cristo, aderindo a Cristo com fé, conforme o testemunho de João, que disse: “Então, ele abraçou a fé, juntamente com toda a sua família” (Jo 4, 53).
Pudemos assim, caros irmãos, ver neste relato do evangelista João, uma das primeiras conversões que o ministério de Cristo realizou. Em gratidão a Deus e a Jesus Cristo, que realizou tal prodígio, aquele cristão de Cafarnaum – funcionário do rei -, junto com toda a sua família, elevou a Deus a oração do salmo 29, cantando: “Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo! Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, as sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos” (Sl 29)!
Para concluir esta reflexão, o profeta Isaías, na primeira litura, nos deu uma mensagem cheia de esperança, dizendo: “Assim fala o Senhor: ‘Eis que eu criarei novos céus e nova terra, coisas passadas serão esquecidas, não voltarão mais à memória. Ao contrário, haverá alegria e exultação sem fim em razão das coisas que eu vou criar; farei de Jerusalém a cidade da exultação e um povo cheio de alegria. Eu também exulto com Jerusalém e alegro-me com o meu povo; ali nunca mais se ouvirá a voz do pranto e o grito de dor” (Is 65,17-19).
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