Caríssimo, 1antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens; 2pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda piedade e dignidade. 3Isto é bom e agradável a Deus, nosso Salvador; 4ele quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. 5Pois há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, 6que se entregou em resgate por todos. Este é o testemunho dado no tempo estabelecido por Deus, 7e para este testemunho eu fui designado pregador e apóstolo, e — falo a verdade, não minto — mestre das nações pagãs na fé e na verdade. 8Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração,
erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões.
Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica! 2Escutai o meu clamor, a minha súplica, * quando eu grito para vós; quando eu elevo, ó Senhor, as minhas mãos * para o vosso santuário. 7Minha força e escudo é o Senhor; * meu coração nele confia. Ele ajudou-me e alegrou meu coração; * eu canto em festa o seu louvor. 8O Senhor é a fortaleza do seu povo * e a salvação do seu Ungido. 9Salvai o vosso povo e libertai-o; * abençoai a vossa herança!
Sede vós o seu pastor e o seu guia * pelos séculos eternos!
Naquele tempo, 1quando acabou de falar ao povo que o escutava, Jesus entrou em Cafarnaum. 2Havia lá um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito, e que estava doente, à beira da morte. 3O oficial ouviu falar de Jesus e enviou alguns anciãos dos judeus, para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado. 4Chegando onde Jesus estava, pediram-lhe com insistência: “O oficial merece que lhe faças este favor, 5porque ele estima o nosso povo. Ele até nos construiu uma sinagoga”. 6Então Jesus pôs-se a caminho com eles. Porém, quando já estava perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: “Senhor, não te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa. 7Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro. Mas ordena com a tua palavra, e o meu empregado ficará curado. 8Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens. Se ordeno a um: ‘Vai!’, ele vai; e a outro: ‘Vem!’, ele vem; e ao meu empregado ‘Faze isto!’, e ele o faz”. 9Ouvindo isso, Jesus ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. 10Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje nos exorta a fazermos orações em favor de todos os homens que vivem neste mundo, sobretudo às autoridades! São Paulo, na Primeira Carta a Timóteo insiste que se façam frequentes orações, súplicas, preces e ação de graças a Deus em favor de todos os homens, quer sejam cristãos, judeus ou pagãos. Estas orações tão abrangentes e universais, com um certo sabor ecumênico, se justificam por dois motivos. O primeiro motivo é que este Deus que nós cultuamos na Igreja Católica é o Deus único e verdadeiro, o Senhor de todos os povos, nações e religiões. “Pois, há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, que se entregou em resgate por todos” (1Tm 3, 5-6). E este Deus tem solicitude por todos os homens deste mundo, “pois, ele quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 3, 4). Assim sendo, Deus não cuida apenas de seu Povo Eleito, mas de todos os justos, que, sem culpa, acreditam em Deus e procuram ser agradáveis a ele, quer sejam católicos, protestantes, judeus ou pagãos. Segundo motivo, é que todos os homens justos, que acreditam em Deus e procuram ser-lhe agradáveis, serão ouvidos por Deus em suas preces. Por isso, Paulo deu a seguinte ordem: “Quero, portanto, que em todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (1Tm 3, 8). Jesus, por sua vez, no Evangelho que acabamos de ouvir, deu provas que ele ouve com agrado e solicitude as preces e súplicas daquele oficial romano, que morava na mesma cidade de Jesus, em Cafarnaum. Este oficial, que já conhecia Jesus, sentindo compaixão de um empregado seus, que se encontrava enfermo, dirigindo-se a Jesus, implorou-lhe a cura. Embora fosse pagão, demonstrou uma fé extraordinária, recebendo de Jesus um formidável elogio. “Eis que, Jesus ouvindo as palavras do oficial romano, cheias de fé e humildade, ficou admirado. Virou-se para a multidão que o seguia, e disse: “Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”. Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde” (Lc 7, 9-10). “Assim, caríssimo, antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens” (1Tm 3, 1). E, juntos elevemos a Deus a oração, dizendo: “Bendito seja o Senhor, porque ouviu o clamor da minha súplica! Escutai o meu clamor, a minha súplica; quando eu elevo, ó Senhor, as minhas mãos para o vosso santuário! Minha força e escudo é o Senhor; meu coração nele confia. O Senhor é a fortaleza do seu povo e a salvação do seu Ungido. Salvai o vosso povo e libertai-o; abençoai a vossa herança! Sede vós o seu pastor e o seu guia pelos séculos eternos” (Sl 27, 1-9)!
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