Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por vocação, escolhido para o Evangelho de Deus, 2que pelos profetas havia prometido, nas Escrituras, 3e que diz respeito a seu Filho, descendente de Davi segundo a carne, autenticado como Filho de Deus com poder, pelo Espírito de Santidade que o ressuscitou dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor. 4É por Ele que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome. 6Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. 7A vós todos que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor, Jesus Cristo.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, * porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo * alcançaram-lhe a vitória. 2O Senhor fez conhecer a salvação, * e às nações, sua justiça; 3arecordou o seu amor sempre fiel * b pela casa de Israel. c Os confins do universo contemplaram * da salvação do nosso Deus. 4Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, * alegrai-vos e exultai!
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba!
Naquele tempo, 29quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: “Esta geração é uma geração má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. 30Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. 31No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. 32No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
Somos chamados a produzir frutos de conversão e permanecer na santidade de vida!
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra de hoje quer ser uma grande convocação à conversão de vida. A Palavra de Deus propõe uma conversão de vida que produza frutos de fé e de boas obras.
No Evangelho que ouvimos, Jesus reclamou amargamente dos judeus que se aglomeravam em torno dele, para ouvir as suas pregações e para ver os sinais que ele realizava, mas resistiam em produzir frutos sinceros de conversão. Por incrível que parecesse, eles demonstravam uma glacial indiferença pelas suas palavras de sabedoria, e nem acreditavam que os milagres que Jesus realizava fossem por obra de seus poderes divinos, por ser o Filho de Deus.
Lembrou-lhes ainda um outro episódio, para despertar nos judeus a vergonha e o arrependimento deste mau procedimento e pela sua incredulidade, Jesus lhes disse que no dia do Juízo Final os pagãos seriam tratados com maior indulgência que os judeus, por terem demonstrado maior fé em Deus, dizendo-lhes: “No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão” (Lc 11, 31).
Jesus, então, extravasando o seu descontentamento diante das multidões de judeus que o assistiam, ameaçou-as de serem castigadas por Deus. Pois, da mesma forma como fez o profeta Jonas, que ameaçara destruir a cidade de Nínive, se ela não se convertesse e não produzisse obras de penitência, Jesus ameaçava a geração de judeus do seu tempo, dizendo: “No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas” (Lc 11, 32). Visto que, os ninivitas não precisaram de nenhum sinal para acreditar na Palavra de Deus. Porém, os judeus desta geração – que tiveram a graça de presenciar inúmeros sinais e milagres realizados por Jesus Cristo – demonstravam uma incredulidade espantosa, negando-se a produzir frutos de conversão e de fé.
Jesus, então, servindo-se da Sagrada Escritura, fazia com que os judeus se recordassem dos tempos em que a geração dos seus pais, quando estava no deserto, mostrou-se igualmente obstinada e dura de coração. Lembrando-os, então, de seus pais, Jesus os exortava, dizendo-lhes: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: ‘Não fecheis os corações como em Meriba’” (Sl 94(95), 8)!
Por outro lado, nós vimos da parte do Salmista – um judeu convicto – demonstrando uma adesão entusiasmada por Jesus Cristo, proclamando-o como o seu Senhor e o seu Salvador. Ele não convocava somente os judeus a aderirem com fé ao Senhor Jesus, mas a todos os povos da terra, dizendo: “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e santo alcançaram-lhe a vitória. O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel. Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai” (Sl 97, 1-4)!
O apóstolo Paulo, na sua Carta aos Romanos, deu um belo testemunho de que os pagão em Roma tinham acolhido a Palavra de Deus, se converteram, e estavam perseverando firmes na fé e no caminho de salvação; produzindo obras de santidade. “Pois, – segundo Paulo – foi por meio de nosso Senhor Jesus Cristo que recebemos a graça da vocação para o apostolado, a fim de podermos trazer à obediência da fé todos os povos pagãos, para a glória de seu nome. Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo. A vós todos que morais em Roma, amados de Deus e santos por vocação, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e de nosso Senhor, Jesus Cristo” (Rm 1, 4-7).
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