Moisés falou ao povo, dizendo: 12“E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, 13e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo para que sejas feliz. 14Vê: é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus, o mais alto dos céus, a terra e tudo o que nela existe. 15No entanto, foi a teus pais que o Senhor se afeiçoou e amou; e, depois deles, foi à sua descendência, isto é, a vós, que ele escolheu entre todos os povos, como hoje está provado. 16Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz, 17porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno. 18Ele faz justiça ao órfão e à viúva, ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa. 19Portanto, amai os estrangeiros, porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egito. 20Temerás o Senhor teu Deus e só a ele servirás; a ele te apegarás e jurarás por seu nome. 21Ele é o teu louvor, ele é o teu Deus, que fez por ti essas coisas grandes e terríveis que viste com teus próprios olhos. 22Ao descerem para o Egito, teus pais eram apenas setenta pessoas, e agora o Senhor teu Deus te fez tão numeroso como as estrelas do céu”
Glorifica o Senhor, Jerusalém! * Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! 13Pois reforçou com segurança as tuas portas, *
e os teus filhos em teu seio abençoou. 19Anuncia a Jacó sua palavra, * seus preceitos suas leis a Israel. 20Nenhum povo recebeu tanto carinho, * a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” 25Pedro respondeu: “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.
Caríssimos irmãos e irmãs! Na leitura do Livro do Deuteronômio nós vimos Moisés exortando o Povo de Israel – o Povo eleito e amado por Deus – a guardar com todo cuidado o patrimônio mais preciso que ele recebeu de Deus. Este bem tão precioso e inestimável era, certamente, a maior riqueza que ele possuía, e que lhe conferia uma identidade nacional, permitindo-lhes alcançar uma condição de vida próspera e feliz, na terra que Deus lhe prometera com juramento. Nenhum outro povo teve os privilégios e os benefícios que o Povo hebreu recebeu da parte de Deus. E, Deus lhe pedia uma única coisa: guardar os seus mandamentos! Este seria o gesto mais eloquente de gratidão e de reconhecimento que Deus esperava do seu Povo Eleito! Por isso, Moisés lhe disse: “E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo para que sejas feliz” (Dt 10, 12-13). E, para completar, ele o adverte dizendo que este Deus a quem deve servir, cumprindo os mandamentos, é o Deus único e verdadeiro, dizendo: “Vê pois, é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus, o mais alto dos céus, a terra e tudo o que nela existe. No entanto, foi a teus pais que o Senhor se afeiçoou e amou; e, depois deles, foi à sua descendência, isto é, a vós, que ele escolheu entre todos os povos, como hoje está provado. Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz, porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível” (Dt 10, 14-17).
No Evangelho que ouvimos, Jesus Cristo se pôs a anunciar aos seus discípulos o momento supremo da sua vinda a este mundo, dizendo: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará” (Mt 17, 22-23). Jesus, sendo Deus, sabia perfeitamente o que haveria de suceder com ele no futuro próximo. Anunciando ao seus discípulos sobre a sua Paixão, Morte e Ressurreição Jesus estava dando provas de sua divindade; pois, o futuro só a Deus pertence! Porém, toda vez que Jesus anunciava o evangelho de sua Paixão, Morte e Ressurreição, os discípulos ficavam tristes e chateados, e, demonstrando o quanto estavam aborrecidos com estas palavras de Jesus, eles imediatamente mudavam de assunto. Por isso, depois de anunciar-lhes o evangelho da Paixão, Morte e Ressurreição, apareceu a questão do imposto ao Templo de Jerusalém. A forma como Jesus encontrou para pagar o imposto foi mais uma tentativa de reanimar os ânimos e a fé de Pedro na sua divindade, dizendo-lhe: “Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mt 10, 27).
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