Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que vivem na dispersão: saudações. 2Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, 3por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. 4Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma. 5Se a alguém de vós falta sabedoria, peça-a a Deus, que a concede generosamente a todos, sem impor condições; e ela lhe será dada. 6Mas peça com fé, sem duvidar, porque aquele que duvida é semelhante a uma onda do mar, impelida e agitada pelo vento. 7Não pense tal pessoa que receberá alguma coisa do Senhor: 8o homem de duas almas é inconstante em todos os seus caminhos. 9O irmão humilde pode ufanar-se de sua exaltação, 10mas o rico deve gloriar-se de sua humilhação. Pois há de passar como a flor da erva. 11Com efeito, basta que surja o sol com o seu calor, logo seca a erva, cai a sua flor, e desaparece a beleza do seu aspecto. Assim também acabará por murchar o rico no meio de seus negócios.
Antes de ser por vós provado, eu me perdera; * mas agora sigo firme em vossa lei! 68Porque sois bom e realizais somente o bem, * ensinai-me a fazer vossa vontade! 71Para mim foi muito bom ser humilhado, * porque assim eu aprendi vossa vontade! 72A lei de vossa boca, para mim, * vale mais do que milhões em ouro e prata. 75Sei que os vossos julgamentos são corretos, * e com justiça me provastes, ó Senhor! 76Vosso amor seja um consolo para mim, *
conforme a vosso servo prometestes.
Naquele tempo, 11os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. 12Mas Jesus deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. 13E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos diz que Deus, para testar a nossa paciência e a nossa fidelidade, muitas nos submete a certas provações. Porém, submeter a Deus a certas provações é uma demonstração de presunção e atrevimento, que ofende gravemente o Senhor!
Certo dia, Jesus foi surpreendido por um grupo de fariseus com um comportamento muito esquisito e atrevido. Conforme o Evangelista, eles se posicionaram ao lado de Jesus e começaram a abordá-lo de forma desrespeitosa e agressiva, e “começaram a discutir com Jesus” (Mc 8, 11). Embora estes fariseus demonstrassem interesse pelas palavras de Jesus, replicavam-no e contestavam-no com muita presunção e arrogância. Mesmo tendo conhecimento de muitos outros milagres anteriormente realizados por Jesus, eles se meteram a afrontá-lo com provocações.
Os fariseus, de forma atrevida e dissimulada, “para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu” (Mc 8, 11). Antes de dar-lhes a resposta, Jesus deu um belo testemunho aos seus discípulos de sua mansidão e prudência, mantendo-se calmo e tranquilo, diante daquelas malévolas provocações. “Jesus, então, deu um suspiro profundo e disse: “Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal”. E, deixando-os, Jesus entrou de novo na barca e se dirigiu para a outra margem” (Mc 8. 12-13).
Entretanto, São Tiago, em sua carta, nos atesta dizendo que Deus frequentemente costuma nos provar com dificuldades e adversidades, para testar as nossas convicções, a nossa fé e a nossa conduta de vida como discípulos do Senhor, dizendo: “Meus irmãos, quando deveis passar por diversas provações, considerai isso motivo de grande alegria, por saberdes que a comprovação da fé produz em vós a perseverança. Mas é preciso que a perseverança gere uma obra de perfeição, para que vos torneis perfeitos e íntegros, sem falta ou deficiência alguma” (Tg 1, 2-4). Deus costuma usa destes meios para nos levar à perfeição de vida e à perseverança no caminho de salvação.
O Espírito Santo, por sua vez, deu um belo testemunho, dizendo que ele costuma também provar os seus servos para experimentá-los na fidelidade e no cumprimento dos mandamentos divinos, dizendo: “Antes de ser por vós provado, eu me perdera; mas agora sigo firme em vossa lei! Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade! Para mim foi muito bom ser humilhado, porque assim eu aprendi vossa vontade! A lei de vossa boca, para mim, vale mais do que milhões em ouro e prata. Sei que os vossos julgamentos são corretos, e com justiça me provastes, ó Senhor” (Sl 118, 67-68; 71-72; 75)!
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