No dia cinco do mês – esse era o quinto ano do exílio do rei Joaquim – 3a palavra do Senhor foi dirigida a Ezequiel, filho do sacerdote Buzi, na terra dos caldeus, junto ao rio Cobar. Foi ali que a mão do Senhor esteve sobre ele. 4Eu vi que um vento impetuoso vinha do norte, uma grande nuvem envolta em claridade e relâmpagos; no meio brilhava algo como se fosse ouro incandescente. 5No centro aparecia a figura de quatro seres vivos. Este era o seu aspecto: cada um tinha a figura de homem. 24E eu ouvi o rumor de suas asas: Era como um estrondo de muitas águas, como a voz do Poderoso. Quando se moviam, o seu ruído era como o barulho de um acampamento; quando paravam, eles deixavam pender as asas. 25O ruído vinha de cima do firmamento, que estava sobre suas cabeças. 26Acima do firmamento que estava sobre as cabeças, havia algo parecido com safira, uma espécie de trono, e sobre essa espécie de trono, bem no alto, uma figura com aparência humana. 27E eu vi como que um brilho de ouro incandescente, envolvendo essa figura como se fosse fogo, acima daquilo que parecia ser a cintura; abaixo daquilo que parecia ser a cintura, vi algo como fogo e, em sua volta, um círculo luminoso. 28cEsse círculo luminoso tinha o mesmo aspecto do arco-íris, que se forma nas nuvens em dia de chuva. Tal era a aparência visível da glória do Senhor. Ao vê-la, caí com o rosto no chão.
Louvai o Senhor Deus nos altos céus, * louvai-o no excelso firmamento! 2Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, * louvai-o, legiões celestiais! 11Reis da terra, povos todos, bendizei-o, * e vós, príncipes e todos os juízes; 12e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, * anciãos e criancinhas, bendizei-o! Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, * porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória * 14ultrapassam em grandeza o céu e a terra. Ele exaltou seu povo eleito em poderio, * ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, * este povo que ele ama e lhe pertence.
Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?” 25Pedro respondeu: “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.
Caríssimos irmãos e irmãs! As leituras da Liturgia da Palavra de hoje nos apresentam o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo representado em diversas imagens que revelam diversos aspectos de sua condição humana e divina.
Nas duas leituras do Antigo Testamento, tanto no Livro de Ezequiel quanto no Salmo 148, o Senhor Jesus Cristo foi visto por eles numa visão sobrenatural, na qual ele estava sentado num trono nas alturas celestiais, ladeado de anjos e revestido de sua majestade divina. Ambos pretendiam, com estas visões, despertar a nossa fé no nosso Senhor Jesus Cristo, revestida de uma luz divina e sobrenatural, que se encontrava nas alturas celestiais, como soberano e Senhor de todas as coisas.
O profeta Ezequiel, descrevendo a sua visão, dizia o seguinte: “Acima do firmamento que estava sobre as cabeças, havia algo parecido com safira, uma espécie de trono, e sobre essa espécie de trono, bem no alto, uma figura com aparência humana. E eu vi como que um brilho de ouro incandescente, envolvendo essa figura como se fosse fogo, acima daquilo que parecia ser a cintura; abaixo daquilo que parecia ser a cintura, vi algo como fogo e, em sua volta, um círculo luminoso. Esse círculo luminoso tinha o mesmo aspecto do arco-íris, que se forma nas nuvens em dia de chuva. Tal era a aparência visível da glória do Senhor” (Ez 1, 26-28).
E o rei Davi, através do salmo 148, convocava todos os fiéis judeus a erguerem os seus olhos para Deus, para que todos contemplassem com os olhos da fé o Senhor Deus Altíssimo, em toda a sua majestade e glória, elevando-lhe um hino de louvor, dizendo: “Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra. Ele exaltou seu povo eleito em poderio, ele é o motivo de louvor para os seus santos” Sl 148, 1; 12; 14).
No Evangelho que acabamos de ouvir, Jesus Cristo se apresentou sob diversas formas, hora revelando a sua humanidade, hora revelando a sua divindade. Assim sendo, logo no início da passagem do Evangelho de hoje, nós vimos Jesus encontrando-se com os apóstolos, depois de concluir uma jornada missionária. Jesus se mostrou, neste momento, em alguns traços de sua humanidade, ao ser visto pelos apóstolos se reunindo com eles, como o seu Mestre e seu líder. Pois, “naquele tempo, Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia” (Mt 17. 22).
A seguir, o próprio Jesus começou a apresentar aos apóstolos uma outra faceta de sua vida, que aconteceria em breve, dizendo-lhes que ele haveria de ser humilhado, maltratado e morto na Cruz. E, depois de ter dito isto, os apóstolos ficaram muito escandalizados, tristes e abatidos, reagindo muito mal diante desta imagem do Cristo sofredor, derrotado pelos seus inimigos e morto na Cruz. Pois, Jesus lhes havia dito: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes” (Mt 17, 22-23).No entanto, mesmo tendo dito que ele haveria de ressuscitar, e haveria de superar as humilhações e a morte pelo seu poder divino, ressuscitando do mortos, isto não foi levado em consideração pelos apóstolos, naquele momento.
Jesus vendo o deplorável estado de prostração e tristeza dos apóstolos, se serviu da questão do imposto ao Templo para reanimá-los e fortalecê-los na fé, levando-os a acreditar na sua condição divina, realizando um milagre. Por isso, Jesus disse a Pedro: “Para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que tu pescares. Ali tu encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti” (Mt 17, 27).
WhatsApp us