Irmãos, apliquei essa doutrina a mim e a Apolo, por causa de vós, para que o nosso exemplo vos ensine a não vos inchar de orgulho, tomando o partido de um contra outro, e a “não ir além daquilo que está escrito”. 7Com efeito, quem é que te faz melhor que os outros? O que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido? 8Vós já estais saciados! Já vos enriquecestes! Sem nós, já começastes a reinar! Oxalá estivésseis mesmo reinando, para nós também reinarmos convosco! 9Na verdade, parece-me que Deus nos apresentou, a nós apóstolos, em último lugar, como pessoas condenadas à morte. Tornamo-nos um espetáculo para o mundo, para os anjos e os homens. 10Nós somos os tolos por causa de Cristo, vós, porém, os sábios nas coisas de Cristo. Nós somos os fracos; vós, os fortes. Vós sois tratados com toda a estima e atenção, e nós, com todo o desprezo. 11Até à presente hora, padecemos fome, sede e nudez; somos esbofeteados e vivemos errantes; 12fadigamo-nos, trabalhando com as nossas mãos; somos injuriados, e abençoamos; somos perseguidos, e suportamos; 13somos caluniados, e exortamos. Tornamo-nos como que o lixo do mundo, a escória do universo, até ao presente. 14Escrevo-vos tudo isto, não com a intenção de vos envergonhar, mas para vos admoestar como meus filhos queridos. 15De fato, mesmo que tivésseis dez mil educadores na vida em Cristo, não tendes muitos pais. Pois fui eu que, pelo anúncio do Evangelho, vos gerei em Jesus Cristo.
É justo o Senhor em seus caminhos, * é santo em toda obra que ele faz. 18Ele está perto da pessoa que o invoca, * de todo aquele que o invoca lealmente. 19O Senhor cumpre os desejos dos que o temem, * ele escuta os seus clamores e os salva. 20O Senhor guarda todo aquele que o ama, * mas dispersa e extermina os que são ímpios. 21Que a minha boca cante a glória do Senhor † e que bendiga todo ser seu nome santo * desde agora, para sempre e pelos séculos.
Num sábado, Jesus estava passando através de plantações de trigo. Seus discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos. 2Então alguns fariseus disseram: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” 3Jesus respondeu-lhes: “Acaso vós não lestes o que Davi e seus companheiros fizeram, quando estavam sentindo fome? 4Davi entrou na casa de Deus, pegou dos pães oferecidos a Deus e os comeu, e ainda por cima os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães”. 5E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor também do sábado”.
Caríssimos irmãos e irmãs! A Liturgia da Palavra nos diz que Deus protege e ampara o homem justo e piedosos, defendendo-o contra os seus perseguidores. “O Senhor guarda todo aquele que o ama, mas dispersa e extermina os que são ímpios” (Sl 144, 20). Mas, sobretudo ele ampara os seus apóstolos que deixaram tudo para o seguir e anunciar o Evangelho!
Mesmo que os seus amigos e discípulos passem por grandes tribulações e sofrimentos, enquanto estiverem aqui neste mundo exercendo o seu ministério, eles não serão abandonados pelo seu Senhor e Salvador, mas serão coroados com a glória da salvação eterna, junto de Deus! “Pois, ele escuta os seus clamores e os salva” (Sl 144, 19)!
Eis que, num dia de sábado, Jesus Cristo e o apóstolos, retornando de uma cansativa viagem missionária, “estavam passando através de plantações de trigo. Seus discípulos arrancavam e comiam as espigas, debulhando-as com as mãos” (Lc 6, 1). E Jesus, vendo esta atitude tão singela e espontânea dos discípulos, de matarem a fome com aquela espigas de trigo, mesmo sendo em dia de sábado, lhes deu total aprovação. Porém, certos invejoso e perverso inimigo de Jesus, viram nisto um pretexto para o acusar, dizendo: “Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?” Jesus respondeu-lhes: “Acaso vós não lestes o que Davi e seus companheiros fizeram, quando estavam sentindo fome? Davi entrou na casa de Deus, pegou dos pães oferecidos a Deus e os comeu, e ainda por cima os deu a seus companheiros. No entanto, só os sacerdotes podem comer desses pães”. E Jesus acrescentou: “O Filho do Homem é senhor também do sábado” (Lc 6, 3-6).
Em meio a tudo isto, os Apóstolos foram aos poucos aprendendo a suportar as enormes provações e tribulações que o seguimento de Jesus lhes exigia passar. Tendo deixado tudo para segui-lo, com o passar do tempo foram sentindo na própria pele os efeitos funestos de uma tal opção de vida, que este ministério apostólico lhes acarretava. Eram inúmeras as viagens e as longas caminhadas ao relento, debaixo de chuva e sol; muito cansaço e desconforto, sem ter um teto para se proteger. Passavam sede e fome, e todo tipo de privações. A pobreza e o despojamento dos bens materiais, voluntariamente assumidos, traziam consigo muitas aflições. Porém, nada disso seria possível suportar se não fosse por amor a Cristo e pelo seu Evangelho. Nenhum deles se submeteria a tamanhos sofrimentos e privações se não houvesse a promessa da salvação e da gloriosa vida eterna, no Reino dos Céus!
O Apóstolo São Paulo deu o seguinte testemunho sobre o seu ministério apostólico, que era muito semelhante aos outros Doze Apóstolos, dizendo: “Na verdade, parece-me que Deus nos apresentou, a nós apóstolos, em último lugar, como pessoas condenadas à morte. Tornamo-nos um espetáculo para o mundo, para os anjos e os homens. Nós somos os tolos por causa de Cristo, vós, porém, os sábios nas coisas de Cristo. Nós somos os fracos; vós, os fortes. Vós sois tratados com toda a estima e atenção, e nós, com todo o desprezo. Até à presente hora, padecemos fome, sede e nudez; somos esbofeteados e vivemos errantes; fadigamo-nos, trabalhando com as nossas mãos; somos injuriados, e abençoamos; somos perseguidos, e suportamos; somos caluniados, e exortamos. Tornamo-nos como que o lixo do mundo, a escória do universo, até ao presente” (1Cor 4, 9-113).
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